Lembrando do triste relato do gato que foi tomar banho no último artigo da Consulta Engraçada, eu andei pelos corredores da Pet South América em busca do produto mágico... O Spray que faz o gato vagar pelo Salão de Banho e Tosa sem problemas, sem preocupações, nadando nas banheiras e deitando de barriga para cima no processo de secagem. Infelizmente esse produto estava mais próximo dos sedativos potentes do que dos artigos de estética felina. Como eu sou brasileira e acima de tudo veterinária persistente, eu não desisti, e pude ver que tem muita coisa boa por aí, dentre produtos já existentes e lançamentos, que os gateiros merecem saber.


As novidades eram tantas que eu já chegava em um stand e perguntava: O que você tem para gato? Só para gato e nada mais!


A grande maioria das indústrias ainda trabalha com produtos de embelezamento que atendem tanto cães quanto gatos, mas algumas marcas já possuem linha exclusiva para os felinos. Seguem os artigos que eu mais gostei:


A Ecovet também não ficou atrás e veio apresentar uma linha só para gatos com shampoo pré-lavagem, tonalizante para pelos claros (que afirmam tirar o aspecto amarelado da pelagem de gatos brancos), shampoo neutro, condicionador, colônia e mousse banho a seco. Este último, como o nome diz, dispensa o uso de banho para remover as sujidades. Todos os produtos da Ecovet foram desenvolvidos com pH neutro e ação hipoalergênica.


ECODOG é uma marca de cosmética animal feita com extratos amazônicos como óleo de copaíba, castanha-do-pará e manteiga de muru muru. Eles lançaram na feira o shampoo ECO CAT que possui o pH adequado à pele do gato. Sua fórmula possui óleo de copaíba e é indicado para todos os tipos de pelagem de gatos. Eu ganhei uma amostra do shampoo e minha persa já experimentou. Os olhos arregalados durante o banho foram os mesmos mas o aspecto da pelagem já foi diferente quando comparado aos banhos com shampoo neutro para cães e gatos que ela usava.


Ao entrar no stand da Empório Pet eu me sinto em uma loja da Natura. A apresentação do produto é belíssima, muito mais bonitos que meus shampoos e condicionadores.


Eles apostam nas linhas: vinhapet hidratação profunda (um banho a base de vinhoterapia); nas colônias Chic Animal para machos e fêmeas; e os lançamentos que foram os produtos com óleo de Argan Orgânico (conhecido como Ouro Marroquino), que promovem uma secagem rápida, nutrição e hidratação duradoura do pêlo. Todos esses produtos são indicados para cães e gatos.


A empresa Dog Clean apostou no stand de apresentação dos produtos, que estava lindo. Eles possuem uma linha completa para profissionais do ramo e para proprietários, também com produtos para cães e gatos.


No stand da Mundo Animal na Petsa 2010 tinham duas pessoas vestidas de gatos, fazendo movimentos de gatos para promover o lançamento da linha exclusiva para essa espécie a Cat & Co. Além da Malt Paste (pasta que evita a formação de bolas de pelos) e da Catnip (erva do gato) já conhecidos, essa linha também conta com Shampoo Pré-lavagem, Shampoo Neutro, Shampoo extra volume, Shampoo redutor de oleosidade, Shampoo tonalizante para pelos brancos, condicionador e perfumes em mousse.


A Pet Society veio trazendo todos os seus produtos, com apresentação e venda dos mesmos na feira. A linha de estética e embelezamento dessa indústria é muito famosa por ser uma das melhores e mais completas no mercado, desde shampoos até ofurô, passando por condicionadores, máscaras hidratantes e perfumes. Os produtos próprios para gatos da Cat Society incluem Shampoo e Condicionadores, sem contar outros produtos da linha geral Pet Society que podem ser utilizados nessa espécie.



A Bayer veio inovando neste ano. Além dos shampoos terapêuticos já conhecidos, foram lançadas colônias para cães e gatos com odor muito agradável na feira. O produto que mais me chamou atenção, mas ainda será lançado, foi o Free & Clear, que se trata de uma solução tópica atóxica, sem perfumes, sem corantes que é aplicada no pelo de cães e gatos. A sua fórmula vai limpar, hidratar e manter o teor lipídico da pele do animal. Com o uso semanal, esse produto vai reduzir os componentes da pele e pelo do animal que podem causar alergias nas pessoas. O principal alérgeno do gato doméstico é produzido na saliva e nas glândulas sebáceas. Segundo um estudo da Bayer, 80 a 85% das pessoas alérgicas que utilizaram esse produto no animal apresentaram maior tolerância a eles.


Bom gente, shampoo, condicionador e máscara de hidratação não faltou na feira, bem como apresentação de tosas e banhos em animais. Segue abaixo um videozinho, realizado por essa que vos escreve, do Banho de Ofurô de um Bengal, apresentado pelo Val Santarem, especialista em Estética Felina, no stand da Pet Society. A veterinária/colunista/curiosa em filmagem e edição de vídeo não sabia como incorporar legendas então coloque seu fone de ouvido e preste bastante atenção nas dicas do Val Santarem.



Até a próxima pessoal!


Alice Ribeiro
diarioveterinaria.blogspot.com
www.formspring.me/alicevet
twitter: @alicevet

www.petsociety.com.br
www.mundoanimal.vet.br
www.dogclean.com.br
www.ecovet.com.br
www.ecodog.com.br
www.emporiopet.ind.br
http://www.bayerpet.com.br/
http://www.gatilgipsyflower.com/val.html




A Pet South America é uma Feira Internacional de Produtos e Serviços para a Linha Pet e Veterinária que aconteceu em SP entre os dias 18 e 20/10. Estive na feira para conhecer as novidades para nossos gatinhos!!!

A maioria dos stands eram voltados para a área veterinária.Não é a toa que a nossa querida Dra. Alice deliciou-se por lá. Porém, se garimparmos bem é possível achar bons produtos com design para os bichanos.

Separei 10 produtos diferentes e vou apresentar para vocês em 10 posts.


É uma casinha para pets com muito estilo! A Egg Pet House é feita por um material chamado Polietileno de alta densidade, que é muito usado em móveis infantis e artigos para bebês e é capaz de suportar até 100kg. Podendo ser usado para cães pequenos ou gatos de até 8kg.


A casinha é vendida em alguns Pet Shops e também online.
http://www.eggpethouse.com.br

O preço é bem salgado, mas além de uma casa para o gatinho é uma peça de decoração muito moderna.




Vendo essa peça, lembrei de outra muito parecida que encontrei pela Internet com um preço muito mais amigável.

Essa, tem carinha de gato !!!

http://www.osegredodovitorio.com/details/GP02/cat-cave-branca


A casinha também é feita de polipropileno, é anti-mofo e totalmente lavável. Ela tem um tratamento anti estático, que repele a poeira e não retém odores. Com 46cm de largura, 28cm de profundidade e 34 cm de altura, a medida da abertura para os bichanos é de 34cm por 28 cm ela suporta também gatos de até 8kg.


As vezes é difícil desembolsar um valor alto apenas para uma casinha, mas vale pensar que é como comprar um móvel para nossa casa, afinal com um desenho tão diferente e bonito podemos colocar em destaque na sala de estar. Agradando assim os nossos gatinhos e compondo pra uma decoração bem moderna.


Fernanda Frias
twitter: @a_fepa



27 de out. de 2011

Bombay | Gatos de Raça



Origem

Nikki Horne, uma criadora de gatos americana, queria criar uma raça de gatos que lembrasse o leopardo negro da Índia, com pelo curto, brilhante e de cor negra e olhos cor de cobre. Com esse objetivo, ela começou a desenvolver a raça Bombay em 1953, a partir de cruzamentos de American Shorthairs de cor preta com Burmeses da cor sable.


Suas primeiras tentativas não foram bem sucedidos, mas mesmo assim ela continuou tentando, até que em 1965 ela conseguiu finalmente o que desejava, criou a raça Bombay, cujo nome é o mesmo de uma cidade indiana bastante conhecida.


Nikki Horne criava gatos desde os 16 anos e em 1970, quando a raça Bombay foi finalmente aceita para competição em exposições, ela parou de criar, mas outros criadores, que se entusiasmaram pela aparência e temperamento do Bombay, levaram a raça adiante.


Os criadores Herb e Suzanne Zwecker foram importantes na progressão e popularidade da raça, eles desenvolveram novas linhagens, com novas combinações do Burmês com o American Shorthair. Um dos gatos de sua criação chamado Road to Fame’s Luv It Black, até hoje aparece nos pedigrees de vários exemplares da raça.


Aparência

O Bombay é um gato de tamanho médio, com musculatura e ossatura bem desenvolvidas, sendo que única cor aceita para a pelagem é o preto. A cabeça do Bombay tem forma arredondada com muzzle curto, as orelhas são de tamanho médio, bem separadas e os olhos são grandes, redondos, de cor dourada ou, de preferência, cobre.


A característica mais marcante da raça, sem dúvida, é a pelagem inteiramente negra, brilhante e bem ajustada ao corpo. Os pelos são inteiramente negros, da ponta à raiz.



Saúde e Predisposição a Doenças

O Bombay tem predisposição a prolapso da glândula da terceira pálbebra (também conhecido como Cherry Eye, ou “olho de cereja”).


Outro problema ao qual a raça está sujeita é a fenda de palato, que é uma falha dos ossos do palato se desenvolverem e se fundirem, o que resulta numa abertura entre as cavidades nasal e oral. Quando isso ocorre, a sobrevivência do filhote depende da alimentação através de tubo, porque ele não consegue mamar.


Uma condição similar também pode ocorrer em gatos adultos a partir de um golpe na face, associado à fratura do palato.


Bombays também podem nascer com lábios leporinos, que pode ocorrer devido ao desenvolvimento anormal do lábio superior, mas trata-se de um problema de natureza estética, que pode ser resolvido com cirurgia plástica.


A raça também está sujeita a mal formação de dentes e também dos ossos da cabeça e maxilares.


Como o narizinho do Bombay é curto, ele pode também apresentar problemas respiratórios.


Cuidados

Por ter a pelagem curta, o Bombay não requer muitos cuidados. O corte de unhas e limpeza de orelhas devem ser feitos conforme orientação do veterinário responsável e os banhos regulares, além de escovação ocasional com escova curta de borracha mantém a pelagem em ordem, sem pelos mortos.


Temperamento/Comportamento

O gato acima se chama Barack Obama e essa foto foi feita
durante um evento patrocinado pela IAMS e pela CFA em 2008 
chamado "Vote em seu Democat ou Republicat". O evento
durou uma semana e apresentou exposição de gatos,
gatos treinados e também gatos para adoção.
O Bombay é um gato extremamente afetuoso com toda a família, ama brincar e ama mais ainda colo! É o típico lap cat (gato de colo). Devido à pelagem curta, ele é sensível ao frio, por isso gosta tanto do contato com os donos e não faz cerimônia em procurar a cama de seus humanos durante a noite.


Convive muito bem com crianças e outros pets, apesar de se estressar em ambientes muito barulhentos.


Mia alto e bastante, é o “carente profissional felino”, portanto não é um bom gato para quem passa longos períodos fora de casa e tem que deixar o bichano sozinho, porque ele solicita bastante atenção de sua família.


Eu escolhi a raça Bombay para minha despedida da coluna, devido à proximidade com o Halloween, que nem é uma tradição brasileira, mas aos poucos tem sido mais divulgada e incorporada à nossa cultura e também por ser uma época em que protetores de animais entram em pânico cada vez que tem que doar um gatinho preto.


A preocupação dos protetores é justificada, porque, infelizmente, em pleno século XXI, ainda existem pessoas que acreditam mesmo que gatos pretos trazem má sorte, assim como existem pessoas ignorantes que usam esses pobres animais em rituais religiosos (?).


A Constituição do nosso país garante a liberdade de culto religioso, a finalidade do blog não é discutir crenças ou religiões, mas eu confesso que não sei que deus ou entidade é capaz de se alegrar com o sacrifício de um animal inocente e recompensar com algo de bom aqueles que praticam esse tipo de coisa.


Eu desejo sinceramente que as pessoas se tornem mais esclarecidas, que se deem conta de que o direito à vida não é um privilégio exclusivo dos seres humanos e que maltratar um ser indefeso é um ato de extrema covardia, que não condiz com a atitude de um ser humano civilizado e de bem. Eu também gostaria muito que as pessoas entendessem que o que dá um azar tremendo é a ignorância, não o gato preto!


Em relação ao Bombay, não há criadores da raça no Brasil – Felizmente! A raça é mesmo muito bonita, mas há muitos gatinhos pretos, tão ou mais lindos que os Bombays na “Adote um Gatinho” e em outras ONGs de proteção animal, aguardando um lar e humanos carinhosos.


Se você deseja um gato, pense com carinho na possibilidade de adotar um “pretinho básico”! Tenho certeza de que não irá se arrepender!


Eu escrevi este texto e não sabia, mas hoje, 27 de outubro, é o dia do gato preto!!! Não acredita? Dê uma espiada no link abaixo:



Eu sou suspeitíssima pra falar em gatos pretos, porque sou apaixonada por eles, acho eles lindos, tanto que já decidi que o próximo gato que terei será um preto, adotado, como a maioria dos gatos que já tive. Em casa, há muitos anos, já tivemos gato preto, tenho parentes e amigos que tem e posso garantir que ninguém teve má sorte por causa disso, muito pelo contrário, todos estão muito bem, muito felizes com seus pretinhos!


Agradeço muito, de coração, todo o apoio, a gentileza e o carinho que recebi neste tempo em que estive escrevendo os textos sobre raças de gatos. A coluna ficará em boas mãos!



Um abraço!
Heloisa



26 de out. de 2011

Abandono | Adotar e Amar


São 10 horas da noite do dia 25 de outubro e era para termos entregue o texto da postagem para o Laurence ontem, mas além dos afazeres normais do nosso dia a dia, estamos atarefados tentando fazer com que seis cachorrinhos consigam sobreviver. Um deles está, neste momento, provavelmente morrendo no colo da Carol. Ok, sabemos que o espaço aqui é para falarmos sobre gatos, mas isso diz respeito à ambas as espécies.


Os cachorrinhos foram abandonados dentro de uma caixinha, com uns três dias de vida. Ainda com os umbigos pendurados.


Normalmente não resgatamos animais. Muita gente nos procura querendo que a gente recolha um cão ou um gato que está abandonado na sua rua ou em frente o portão da sua casa. Não podemos recolher. Não temos abrigo. Tentamos conseguir com que cada um faça um pouquinho da sua parte, damos o apoio que for necessário e ajudamos a encontrar um bom adotante para o bichinho.


Mas em certas situações simplesmente não conseguimos ser racionais. Foi o caso desses cachorrinhos.


Tentar fazer com que uma ninhada dessa idade sobreviva sem a mãe é muito, muito difícil. Por mais apoio de veterinários que tenhamos, eles são extremamente frágeis. Gatinhos então! Já aconteceu de perdermos quatro em uma ninhada de cinco bichanos. E ver um bichinho desses morrer na sua mão, tentando até o último minuto, não é uma experiência a ser desejada para ninguém.


Mentira. As pessoas que têm a coragem de abandonar esses bichinhos para morrer aos poucos – sim, eles estão sendo abandonados para morrer aos poucos, pois a chance de alguém resgatar e cuidar deles é remota – deveriam passar por essa experiência. Deveriam ter que mudar sua rotina completamente para tentar alimentar um animalzinho – ou seis, às vezes sem sucesso, de três em três horas. Deveriam ter um cãozinho ou um gatinho de 10 ou 15 centímetros em suas mãos e vê-lo tentando, sem sucesso, conseguir mais um pouco de ar. Deveriam ver um bichinho com alguns dias de idade morrer. Deveriam conhecer as conseqüências do seu ato.


Por que não deixar os filhotes com a mãe até que tenham idade para serem desmamados? A mãe vai fazer todo o trabalho. É fácil. Depois é só doá-los. Doá-los fortes e saudáveis.


Abandonar um animal é um ato de covardia. Abandonar bichinhos dessa idade é inominável. Seria menos covarde sacrificá-los ao nascer. Mas o que os olhos não vêem o coração não sente, não é?



Um abraço.
Carol e Allan
http://miaaudote.blogspot.com/
twitter: @miaaudote

PS: Desculpem o desabafo e a falta de gatinhos na postagem.

Update: o cachorrinho morreu em agonia por volta da meia noite, antes de enviarmos este texto.



20 de out. de 2011

Perdida na Neve | Gato do Livro



Sinopse: Peludinha está desesperada para ter uma casa, como seus irmãos e suas irmãs, mas parece que ninguém a quer... Até que Helena aparece na fazenda. Ela se apaixona por Peludinha assim que a vê e pede permissão a sua mãe para levar a gatinha para casa, mas sua mãe é firme não quer uma gata. Peludinha e Helena ficam inconsoláveis... e a gatinha fica muito assustada.


Confesso que este livro me chamou atenção pela capa. Não consegui resistir a carinha desta gatinha e tive que comprar o livro, já sabendo de que se tratava de uma história infantil.



"Perdida na Neve" nos conta a história de Peludinha, uma gatinha muito fofa, porém, por ser a menor da ninhada e a mais quietinha acaba sendo a única da ninhada que não consegue arrumar um lar.


Até que um belo dia, a menina Helena surge na Fazenda onde Peludinha mora e se apaixona pela gatinha, entretanto sua mãe não a deixa adotar Peludinha.


Aí começa a história de amor das duas, pois enquanto Helena chora por não poder adotar Peludinha, a gatinha foge da fazenda em busca de Helena.



Ai, gente, o livro é fofo!!! Sim, eu sei, é bem infantil, mas não deixa de trazer uma história muito bonita sobre adoção e amor aos animais, sem contar as lindas ilustrações!! Se você ja achou linda a gatinha da capa (assim como eu) vai se apaixonar pelas ilustrações contidas ao longo da história.



Se você tem uma criança em casa, não deixe de ler "Perdida na Neve" para ele(a). Se você é um gateiro incontrolável como eu, leia você mesmo e se apaixone por pela história da fofa Peludinha!!!



Ah, não posso esquecer que "Perdida na Neve" tem uma sequencia, chamada "Perdida na tempestade de neve", que eu pretendo ler com certeza!!!



Laura
www.gatosnabiblioteca.blogspot.com
@GatosBiblioteca




O dia começou cedo, às 7:19 de uma manhã gelada em São Paulo o meu celular tocou. Era o despertador dizendo que eu deveria me levantar e me aventurar na “neve” desta cidade. Depois de um longo banho e um curto café, eu fui até o metrô.


O moço do hotel disse que era uma caminhada de sete minutos e após 20 minutos (tenho pernas curtas) eu cheguei à estação.


Dois trens e um táxi depois eu estava fazendo meu credenciamento como imprensa nos congressos CONPAVEPA, CONPAVET/2011 e da Pet South America.


Diante de uma grade extensa sobre os mais diversos assuntos de especialidades veterinárias, eu me vi obrigada a escolher entre duas ou mais palestras imperdíveis.


Prof. MSc. Alexandre Daniel
Comecei na palestra sobre pancreatite em gatos, ministrada pelo Prof. MSc. Alexandre Daniel, da Universidade Metodista de São Paulo, chegando elegantemente atrasada, mas nada que me fizesse perder a melhor parte, a passagem da experiência.


Nada supera a experiência do palestrante no assunto abordado. Ao final da palestra eu tive que dizer que era imprensa para tirar fotos, aparentemente eu ainda tenho carinha de estudante de veterinária.


Corri para a segunda palestra intitulada Principais causas de mortalidade neonatal em filhotes de cães e gatos, ministrada pela Prof. Dra Maria Lúcia Gomes Lourenço, da UNESP Botucatu. Nela foram abordadas várias causas congênitas e adquiridas de condições que levam ao óbito do filhote, sendo a mais comum conhecida como Síndrome do Recém Nascido (ou neonatal).


Nessa síndrome o filhote sofre de hipoglicemia (pois não está se alimentando), hipotermia (<34°C) e desidratação. Foram abordados aspectos terapêuticos e, ao final, eu nem pensava mais em escrever ou tirar fotos, de tão concentrada que estava.


Prof. Dra Maria Lúcia Gomes Lourenço
Nosso querido Laurence Esgalha acompanhava as novidades em primeira mão pelo GTALK e até estranhou quando eu ficava quieta.


Desisti de tentar comover o pessoal do coffee break e convencê-los a me dar um lanchinho de congressista, porque a colunista também come, e fui atrás da sala da imprensa. Lá me perguntaram: “Qual é o seu veículo?”. Por uma fração de segundos eu quase respondia “metrô”... mas eu pensei: “imagino que não queiram saber como eu vim para a feira e, mesmo se quisessem, eu também não acho que vá conseguir alguma carona”. Então a mocinha olhou meu crachá e disse: “Ah, sim, blog.” Ah, sim, veículo de informação. Eu dei um sorrisinho, peguei um café e me sentei no sofá. Outra mocinha ficou me olhando, tentando ler de longe o meu crachá, e eu já sabia ao menos a resposta quanto ao veículo. Então ela me fala: “Desculpe, você já fechou sua pauta?”... Eu pensei: “gente do céu, definitivamente eu não sou jornalista, ou colunista, eu sou uma veterinária que gosta de escrever sobre seus casos. Se eu fechei pauta? Que pauta? Alguém me ajuda.” Mas claro, não falei nada disso, apenas: “Hum, não... acho que não.” Enfim, durante o horário do almoço eu aprendi que veículo não é metrô e que até o final do dia eu TERIA que descobrir o que era pauta para poder fechar.


Fui para a coletiva de imprensa de abertura da Pet South America. Lá estavam presentes a senhora Lígia Amorim, Diretora Geral da NürnbergMesse Brasil, o senhor Peter Ottmann, CEO da NürnbergMesse, o Dr. Ricardo Coutinho, Presidente da Anclivepa/SP, o Dr. Thomas Faria Marzano, da Sociedade Paulista de Medicina Veterinária (SPMV) e o Dr. Enio Bovino, também da SPMV.


Nessa ocasião foram apresentados os resultados dos congressos de especialidades que acontecem em paralelo (CONPAVEPA e CONPAVET) e da Pet South America, que neste ano comemora sua décima edição. Também foram apresentadas para 2012 que incluíam novas feiras do ramo pet, no México (Junho) e outra, menor e com alvo regional, no Rio de Janeiro (Agosto). Além disso falaram sobre a realização do Congresso Brasileiro de Medicina Veterinária - CONBRAVET (Novembro) de 2012 em São Paulo.


Saindo da coletiva, eu corri para a palestra da Prof. Dra. Maria Alessandra M. del Barrio sobre a Peritonite Infecciosa Felina.

Prof. Dra. Maria Alessandra M. del Barrio
A sala estava lotada com várias pessoas sentadas no chão e eu, para variar, andei até a primeira fila onde, não achando lugar, também me sentei no chão. O auxiliar da palestra me trouxe uma cadeira e todos olharam para mim, eu acho que tenho a arte de chamar atenção quando não quero.


Peritonite infecciosa felina é uma doença desafiante e complicada, cujo diagnóstico é difícil e deve ser realizado com cautela e o tratamento é de suporte. Mesmo sendo um tratamento de suporte, e não curativo, a palestra trouxe muitas dicas interessantes que favorecem o bem estar do animal.


Ao final, corri para ver o Prof. Dr. Archivaldo Reche Jr falar sobre Asma Felina. Eu já havia assistido uma palestra dele sobre esse assunto, em 2009 (?)... ou 2008 (nossa, já estou ficando velha) mas sempre há novidades e, cá entre nós, eu nunca me canso de ouvir as suas histórias. Pedi para tirar uma foto com ele e, ao me identificar, ele disse: Eu já fiz uma entrevista para esse Blog!

Eu (Alice) e Dr. Archivaldo Reche

Eu pensei: Claro que fez, Dr. Valdo, e todos os nossos leitores se lembram (http://www.tudogato.com/2009/05/tg-entrevista-dr-archivaldo-reche.html).

Voltei para a feira e perambulei pelos stands. Parei para ouvir tudo que poderiam me falar sobre gatos e acho que consegui visitar pelo menos uns 25%.

Depois de me carregar em mais de 10kg de papel, sacolas, material dado pelos acessores de imprensa das marcas e algumas amostras, eu decidi que era hora de voltar para o hotel. Um ônibus, dois trens, 30 minutos de caminhada com parada para a janta e um longo banho depois, cá estou eu terminando a minha pauta.

Preparem-se leitores do Tudo Gato, muitas novidades ainda vão aparecer por aqui!

Tenham todos um bom fim de terça feira e... nossa.. já é quarta.

Acompanhem durante o dia as micro-postagens aqui: facebook.com/tudogato


Alice Ribeiro
diarioveterinaria.blogspot.com
twitter: @alicevet




O que eu vou encontrar na Pet South America 2011?


Muita coisa em todo o ramo de pets e aquarismo. Eu selecionei algumas coisas específicas para gatos, que valem a pena conferir.


Viver em apartamentos não é uma tarefa fácil para os gatos, que gostam de escalar e sonham em um dia dominar o mundo. Dominar o apartamento é algo que, geralmente, não requer muito trabalho. Por esse motivo temos que enriquecer o ambiente. Existe uma série de arranhadores dos mais diferentes tipos, tamanhos e preços. Outros brinquedos incluem bolas penduradas em varas, bolas com penas, bolas com furos para a colocação de ração dentro, bolas com gizo, etc. Alguns stands estarão vendendo no local, enquanto outros terão apenas para mostruário, são aqueles que vão para as feiras para fechar negócio com as lojas.


Eu sempre tive pena daquelas senhoras que vão para a feira e saem carregando 10 caminhas gigantes. Tive pena porque eu nunca fui de carro mas, se você for, vale a pena. Alguns stands estarão vendendo caminhas no local, uma mais bonita que a outra, com vários modelos e bons preços. Essas senhoras que saem carregando milhares de caminhas são donas de petshops que não podem perder a oferta e, se elas não podem, você também não.


Areias higiênicas tem todo ano e é cada uma mais diferente que a outra. Existem as tradicionais, aquelas mais baratas, as que podem ser descartadas no vaso sanitário, as de sílica, as de serragem prensada ou flocos de madeira, aquelas de mudam de cor a depender do pH da urina do gato, etc. Vale a pena conhecer uma por uma. Nesse momento provavelmente não terá à venda para o consumidor final, mas conhecendo o que se tem no mercado, pode-se depois ir experimentando e descobrir a que melhor atenderá às suas necessidades. Basicamente a areia higiênica ideal deve combinar praticidade no manejo, supressão do odor, menor impacto ambiental, bom preço e acesso nas melhores lojas.


Haverá aqueles stands de laboratórios. Sempre aparecem novidades, algumas com novos princípios ativos, outras com novas formas de apresentação, de aplicação, etc. Perca um tempinho conhecendo os laboratórios de vacinas, pegue os boletins técnicos, aprenda o que é vacinação, os diferentes tipos e marcas. O veterinário responsável pela saúde do seu gatinho sabe o que é melhor para ele e vai utilizar vacina de qualidade, mas não custa nada conhecer um pouco mais. Muitos medicamentos também costumam ser lançados. Conheça também sobre os ferormônios sintéticos para comportamento felino.


Estética animal pode ser conferida em alguns stands de laboratórios e aqueles com material para banho e tosa. Muitos produtos são apresentados, sendo alguns deles lançamentos, que incluem shampoos, condicionadores, leave-ins, perfumes, tintas para os pêlos, creme para pentear, silicone... Dentre outras coisas que eu não uso nem em mim. É bom conhecer o produto próprio para gato e ser mais específico na hora de comprar para o seu. Por exemplo: Shampoo e condicionador antipulgas para cães e gatos. Isso é um produto muito abrangente. Nesse caso eu procuraria um shampoo que fosse somente para gato, sendo ou não anti-pulgas (lembrando que esses shampoos não oferecem proteção após o banho, matam apenas o parasita que estiver no animal naquele momento), para adulto ou para filhote. Pronto. Lembrem-se que cães e gatos são espécies diferentes, é bom ser sempre mais específico.


Também terão stands de fábricas de alimentos para animais. Conheçam as linhas SUPER PREMIUM das diferentes marcas. Peça para que alguém lhe explique a diferença da linha premium para a linha super premium. Peça que essa explicação seja dada por um promotor técnico ou um veterinário e não por um(a) modelo. Em todos os stands têm pessoas bonitinhas distribuindo panfletos, procure a informação mais técnica, útil e real possível. Conheça melhor sobre a ração que você dá para o seu gato, tire suas dúvidas, conheça sobre as outras também. Observe a linha específica, para a idade e condição (pêlo longo, curto, castrado, inteiro) do seu animal.


Algumas pessoas levam seus gatos. Se pensar em levar o seu, lembre-se que algumas também levam seus cães. Ano passado eu vi uma senhora com vários gatos dentro de um carrinho de bebê. Alguns stands também expõem gatos, como atrativo, de várias raças diferentes.


Para meus gatos eu pretendo comprar:

- Um novo arranhador. Quando o Panda desolve dormir a tarde inteira no arranhador deles, ninguém mais pode brincar. Vou ver se acho um de dois andares, com bolas fofas penduradas em molas.


- Um rato barulhento. O que eles ganharam de presente de uma cliente minha (diretamente de Paris) cansou de fazer barulho.

- Uma fonte de água. Maria Gadú me enche a paciência todas as vezes que eu me aproximo do bebedouro, do chuveiro ou de uma pia, ela só quer beber água em movimento.


Então é isso pessoal, nesta semana o Tudo Gato vai estar lá na feira, perambulando. Se vocês encontrarem uma pessoa não muito provida de altura, muito simpática e falante, com a blusa do TUDO GATO andando por lá... Para pra cumprimentar, que serei eu!

Até mais,


Alice Ribeiro
diarioveterinaria.blogspot.com
twitter: @alicevet



13 de out. de 2011

Ocicat | Gatos de Raça


Origem

Virginia Daly, uma criadora do Michigan EUA, criou a raça Ocicat por acidente em 1964, quando tentava desenvolver um Siamês com as extremidades (ponteado) da cor do Abissínio. Ela cruzou um Abissínio de cor ruddy, que também carregava o gene da cor sorrel , com uma fêmea Siamesa da cor seal-point. Os filhotes nasceram com a aparência de Abissínios e uma fêmea dessa ninhada foi reservada e posteriormente cruzada com um Siamês chocolate-point e desse cruzamento nasceram os tão esperados Siameses com as extremidades da cor dos Abissínios. Mrs. Daly repetiu o cruzamento e, para sua surpresa, nessa nova ninhada nasceu um filhote de cor marfim, com pintas douradas, que recebeu o nome de Tonga.


A filha de Mrs. Daly disse que Tonga parecia um Ocelot (jaguatirica, em português), então iria chamá-lo de “Ocicat” e dessa forma a raça foi nomeada.


Como o objetivo de Mrs. Daly não era a criação de uma nova raça, Tonga foi esterilizado e vendido como gato de companhia.


Tempos depois, correspondendo-se com um geneticista famoso, Dr. Clyde Keeler, Mrs. Daly mencionou Tonga. Ele respondeu, dizendo que estava interessado em trabalhar com criadores, a fim de produzir um gato similar ao extinto Egyptian Spotted Fishing Cat (Gato Pescador Pintado Egípcio), mas Tonga não podia ser usada nesse projeto, por já estar esterilizado. Virginia Daly, então, repetiu o cruzamento entre os pais de Tonga e desta vez obteve um macho com pintas de cor amarelo escuro. O próximo passo foi introduzir o American Shorthair na raça, a fim de se obter ossatura e musculatura mais desenvolvidas, além de introduzir a cor silver.


Em 1966, Mrs. Daly teve que cuidar de uma tia idosa e a raça Ocicat teve que esperar até o inicio dos anos ’80. Outros criadores também ficaram fascinados pelos gatos com pintas e desenvolveram outras linhagens. Finalmente, a raça seguiu adiante e a TICA (The International Cat Association) passou a aceitá-la em campeonatos em 1986.


Em maio de 1987, foi a vez da CFA (Cat Fanciers’ Association) passar a aceitar o Ocicat em campeonatos, embora já aceitasse a raça para registro desde 1966.


Aparência

O Ocicat só tem um tipo de marcação aceita, que é a spotted (pintada), mas pode vir em diversas cores, como o Brown (Black), Chocolate, Blue, Lilac e Fawn, além da versão Silver dessas cores. Os pelos são ticados, ou seja, cada pelo possui várias faixas de cores. Eventualmente, podem nascer exemplares totalmente listrados, só que esses não são aceitos em competições.


Os olhos do Ocicat são grandes, amendoados e com cantos externos ligeiramente erguidos. Todas as cores de olhos são aceitas, com exceção da cor azul e não há nenhuma relação entre cor da pelagem e cor dos olhos.


O Ocicat tem porte atlético, sendo que o macho costuma pesar de 4 a 7 Kg e a fêmea entre 3 a 5 Kg.


Saúde e Predisposição a Doenças

Não há registros de problemas de saúde específicos da raça.


Cuidados

Devido à sua pelagem curta, é um gato de manutenção simples, bastando o corte periódico de unhas, limpeza de ouvidos conforme orientação do veterinário de confiança, além de banhos ocasionais. Os pelos mortos podem ser retirados com uma escova curta de borracha.


Comportamento/Temperamento

O Ocicat é um gato cheio de energia, que gosta de brincar e ama subir em lugares altos. Bastante afetuoso em relação aos seus humanos de estimação, ele também é bastante extrovertido com visitas, aceitando brincadeiras e até mesmo colo.


É um gato muito inteligentes e aprende facilmente o que lhe é ensinado, se adaptando facilmente às regras da casa. Por ser um gato de temperamento bastante sociável, pode se ressentir se passar muito tempo sozinho. Convive muito bem com crianças, com outros gatos e também com cães.


Embora muitas pessoas confundam o Ocicat com o Bengal, há muitas diferenças entre essas duas raças, a começar pela herança genética, já que o Bengal descende de um felino selvagem, enquanto que o Ocicat é um gato 100% doméstico. Talvez por isso o Ocicat não seja tão popular quanto a raça Bengal.


No Brasil, que eu saiba, não existem criadores da raça e, mesmo no exterior, a quantidade de criadores é bem inferior à de criadores de Bengals.


Um abraço,
Heloisa.



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Laurence Esgalha






Nessa coluna vou falar um pouco de um gato selvagem que não é dos mais conhecidos, mas quem já viu, se apaixonou imediatamente - o Gato de Pallas (Otocolobus manul). O nome reflete o naturalista alemão que foi o pioneiro em descrevê-los em uma publicação cientifica em 1776, Peter Simon Pallas. Também conhecido como Manul (como eram chamados na Mongólia por séculos), são um dos gatos mais carismáticos e com uma aparência única entre os felinos, sendo mais ou menos do tamanho de um gato doméstico, medindo entre 50 a 62cm e pesando em média 4,5kg, mas com uma pelagem extremamente longa e densa no corpo e especialmente na cauda relativamente curta. A cara e arredondada e acentuada pela pelagem eriçada e branca, dando uma aparência quase de coruja, já que as orelhas são curtas e ficam quase escondidas - aliás o "otocolobus" do nome científico se traduz como "orelha feia" - na minha opinião esse Peter Simon Pallas tinha é muito mau gosto! As características únicas são as garras bem curtas e a ausência de dentes pré-molares na mandíbula superior.


A cor predominante é cinza claro, mas pode ter tons de ferrugem dependendo da sub-espécie, os pelos são "ticados" (com a base mais escura e pontas brancas), possuem listras discretas pretas nas costas e focinho, que ficam mais acentuadas na pelagem de verão, e pintinhas negras na cabeça. As patas são relativamente curtas, pois o habitat natural são montanhas rochosas com vegetação baixa na Mongólia, China, Rússia e Cazaquistão. Como a maioria dos felinos, o Pallas é solitário - até as fêmeas marcam o território com urina! - e mais ativo durante a noite, durante o dia se abrigam em pequenas cavernas ou buracos de marmotas abandonados. A dieta inclui pequenos roedores e pássaros, que são caçados pelo método de emboscada, já que esse gato, apesar de ágil, não é rápido o suficiente para apanhar a presa na corrida, como os guepardos por exemplo.


Três sub-espécies do gato de Pallas são reconhecidas cientificamente:

* Otocolobus manul manul — vivem nas partes mais ao norte, como a Sibéria
* Otocolobus manul nigripecta — encontrados nas partes centrais do Tibete, possuem a pelagem com listras negras mais acentuadas que os outros
* Otocolobus manul ferruginea — habitam o sudeste da região (Afeganistão, Irã), tem o pelo mais avermelhado


A gestação dos Pallas dura entre 66 e 75 dias e a ninhada é numerosa para um gato selvagem, podendo nascer até 6 filhotes; infelizmente a mortalidade é alta, pois os bebês dificilmente conseguem sobreviver a toxoplasmose (que não causa muito problema em outros felinos) e outras infecções, além das condições do habitat natural, sempre bastante frio, mesmo na primavera em abril-maio, quando os filhotes nascem. Em cativeiro podem viver cerca de 11 anos, obviamente muito menos na natureza onde até os anos 80 eram caçados para serem vendidos como animais de estimação, por causa da pele ou para serem usados em remédios tradicionais (absurdo dos absurdos que AINDA causa a morte de outros animais). Hoje em dia esses mercados são proibidos por lei (exceto na Mongólia), mas cerca de mil animais são mortos todo ano por caçadores ilegais, outros predadores ou acidentalmente capturados em armadilhas para marmotas ou lebres. A classificação atual da situação dos gatos de Pallas na natureza é NT - Quase ameaçada.


Os gatos de Pallas são meus nêmesis em termos fotográficos... como são muito tímidos, pequenos e noturnos, são especialmente difíceis de serem vistos e estarem dispostos a posarem. Um dos funcionários de um abrigo de gatos selvagens disse que ele poderia jurar que os Pallas desenvolveram um teletransporte felino: somem de vista em um segundo e só aparecem na hora da comida - pois é, todos os gatos são iguais, só muda o endereço!


Bea
twitter: @Foco_felino




Foto: Sofi Gamache
Gato: Bom dia, meu nome é Frederico e eu sou um gato arranhador.

Coro: Bom dia, Frederico.

Gato: Eu quero compartilhar com vocês a minha experiência de vida, e vocês vão entender porque eu me tornei um gato arranhador. Eu não gostaria de ser chamado de gato arranhador, na verdade ninguém gosta, só aqueles gatos metidos a lutadores ninjas que...

Coro: blergh

Gato: ...é amigos, desses a gente nem comenta. O meu nome é Frederico porque a minha mãe, e não minha humana, me batizou com esse nome. Eu sou um gatão, bonito e forte, e esse é o meu nome. A minha humana insiste em me chamar de Floco de Neve. Primeiro, eu nunca vi neve e, até pouco tempo atrás, nem sabia o que era, segundo, eu sou preto, não sou branco. Quando eu era jovenzinho, no auge das minhas brincadeiras, a minha humana insistia em me deixar no colo, e queria que eu ficasse dormindo. Eu queria brincar, mas ela não entendia. Depois a minha humana começou a me entender e até cumpria as minhas ordens: café da manhã, almoço, janta e lanches nos horários certos, ou eu arranhava as suas canelas; banheiro limpo, ou eu defecava e urinava fora do banheiro.

Coro: ohhhhhhhhh!

Gatinho no fundo da platéia: Que coisa feia!

Gato: Eu sei amigos, e eu também me envergonho. Mas vocês sabem como as nossas almofadinhas fedem depois de entrar naquela caixa suja. Ela acabou se adequando ao meu sistema e eu já não precisava arranhá-la tanto. Até que um dia ela me levou em uma espécie de caixa plástica para visitar outro humano, que também me chamava de Floco de Neve, aliás, pior, Floquinho. Nesse humano eu fui violentado, tive minha barriga apertada, ele abriu minha boca e colocou aquela mão imunda na minha gengiva, nas minhas orelhas. Deu-me um pedacinho de alimento amarguíssimo e, enquanto outro humano fedido a cachorro me segurava, ele deixou que abelhas malditas me picassem as costas e o pescoço. Eu fiquei indignado e não contei conversa, arranhei pela primeira vez outro humano que não a minha. Esse humano fingiu um sorriso amarelo e disse “esse Floquinho não gosta de vermífugo, vacina ou de coletar sangue, heim? Menino mau”.

Coro: tsc tsc tsc.

Gatinho no fundo da platéia: Isso pra mim já é frescura.

Gato: Eu não sou mau. E o pior ainda está por vir. A minha humana saiu, foi embora, e me deixou naquele centro de tortura. Em seguida eles me pegaram e me sujeitaram a um banho de chuva forçado, com essências fortíssimas que me deixaram confuso. De repente eu estava coberto de bolhas de saliva com odores insuportáveis e, por mais que eu chamasse, ninguém parecia me ouvir. Então, novamente eu arranhei outro humano maldito. Esse foi mais esperto e me soltou. Eu me escondi no canto daquela caixa gigante e comecei a tirar do meu corpo toda aquela meleca, para me secar. Então vieram três humanos, cada um me segurou por um lugar e então eles prenderam as minhas unhas com uma espécie de fita branca, como quatro luvas que me impediam de arranhar. Os três continuaram me segurando, me forçando ficar naquela chuva, depois me levaram a uma mesa com um vento muito forte e barulhento, que, de tão quente, queimou os meus bigodes.

Coro: ohhhhh, pobrezinho... snif.

Gatinho no fundo da platéia: Adoro banhos em salões de beleza.

Gato: (engasgo) pois é, amigos. Depois que eu estava seco, todo arrepiado, com um cheiro horrível, longe de ser o meu, eles me colocaram em uma prisão, ao lado de cães fedidos e burros. E, ali eu fiquei, esperando a morte. Eu fechava os olhos e via: Aqui jaz Frederico, um gato que nunca foi chamado pelo seu nome correto e sofreu ataque de abelhas, tempestade e tufões no dia da sua morte. Acreditem amigos, depois de ter perdido todas as esperanças, a minha humana chegou sorridente e me levou para casa. Eu nunca fiquei tão feliz e grato. Fui contando para ela tudo que aconteceu no caminho, e ela dizia “Foi mesmo Floquinho? Estava com saudades? Tá tão cheiroso, não é Floquinho? Semana que vem tem mais”.

Coro: .... O.o

Gato: Desde então, gente, eu tenho afiado minhas garras todos os dias. Podem até me levar para a tempestade novamente, mas eu não cederei com facilidade. Envergonho-me em dizer que tenho feito uso diário de catnip para esquecer-me dos problemas. Até o Trajano, o meu rato arquiinimigo/amigo, tem estranhado o meu comportamento. Essa foto que eu trouxe foi tirada por uma gata que estava na mesma situação que eu, lá na prisão. Ela me enviou pelo e-correio felino há poucos dias, e eu compartilho com vocês todo o meu humor.


(choro na platéia)

Gatinho no fundo da platéia: Por causa de tipos como esse os gatos ficam mal falados, olha a cara dele.

Gato: (debulhando-se em lágrimas) sei que não há muita esperança, a não ser ficar preparado para a próxima. Ouvi dizer, inclusive, que tem por aí uma humana escrevendo histórias sobre essas sessões de tortura e chamando de Consulta Engraçada. A minha humana me disse que em breve a visitaremos, e ela vai ver o que é engraçado quando me conhecer pessoalmente!

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Quem vai visitar a Pet South América? Recomendo a todos os moradores de São Paulo ou os que estarão por lá na mesma época, de 18-20 de Outubro. Na próxima sexta-feira (14/10/11) eu vou falar um pouco sobre os expositores e os congressos, o que espero encontrar por lá, o que não deve deixar de ser visitado. Para os que não vão, resta acompanhar os artigos sobre o evento, que somente o Tudo Gato vai trazer para vocês, com tudo em novidades para nossos rebentos.

Até mais, gente.

Alice Ribeiro
diarioveterinaria.blogspot.com
twitter: @alicevet



Bom dia Povo!
Pra começar bem essa linda sexta feira só com risadas em mais um episódio de Simon's Cat! XD

GENTE!!! O gato ganhou um amiguinho! Esse vídeo está IMPERDÍVEL


Quem aí nunca presenciou a introdução de um novo gatinho na casa?! Comentem!


Abraços,
Laurence Esgalha




Descanse em paz Steve Jobs, 1955-2011 - Tudo Gato



Bom dia gente!

Como sabem, adoramos campanhas publicitárias com gato no meio! Dessa vez caiu uma campanha muito bacana da Nestlé® Purina® em meu e-mail e resolvi partilhar com vocês, principalmente por se tratar de um assunto muito sério e ser "feminina" a parcela maior de nossos leitores!

Divulguem esse post!




Segue o release da campanha da Cat Chow® com a Femama:


Campanha conta com a interação dos consumidores para doar mais de R$ 100 mil à organização que busca a redução dos índices de mortalidade pela doença no Brasil

São Paulo, setembro de 2011 – De acordo com a JSH&amp;A Breast Cancer Survey, pesquisa realizada a pedido da PURINA® CAT CHOW® com pacientes que venceram a batalha contra o câncer de mama nos Estados Unidos, 84% das entrevistadas afirmou encontrar em seus gatos um efeito tranquilizador durante o tratamento, o que as ajudava nos momentos mais difíceis do processo. O estudo, encomendado pela PURINA® CAT CHOW®, é a base para uma série de ações que a marca vai promover, em parceria com a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA), no OUTUBRO ROSA, mês em que atividades de conscientização e mobilização pela luta contra a doença são realizadas no mundo todo.

Com o slogan “Eu me cuido. Ele cuida de mim”, NESTLÉ® PURINA® CAT CHOW® entra na luta contra o câncer de mama a partir do dia 4 de outubro. E o marco inicial é a iluminação especial na sede da Nestlé, em São Paulo, capital. Até o dia 20, o prédio, que possui mais de 20 andares, ficará totalmente cor de rosa, acompanhando alguns dos principais monumentos do Brasil.


A PESQUISA
De acordo com as mais de 500 mulheres que participaram do estudo nos Estados Unidos, sua relação com o bichano foi apontada como diferente da relação com qualquer outro animal quando estão mais debilitadas, pois além de companheiros, os gatos são mais independentes que os cães, por exemplo, o que facilita a interação em um período em que o carinho e a atenção fazem toda a diferença. Ancorada no conceito de saúde e bem estar por toda a vida, não só para os animais, mas também para os seus donos, NESTLÉ® PURINA® CAT CHOW® criou uma corrente pela prevenção da doença.

NA LUTA CONTRA O CÂNCER DE MAMA
Com duas formas de contribuir, o engajamento dos consumidores em ações on e off line serão fundamentais para que a marca consiga doar mais de R$ 100 mil à FEMAMA. Entre os destaques, está ação inédita de doação pelo Facebook, a primeira iniciativa de doação neste canal de rede social. A cada “curtir” na página da campanha de Purina® CAT CHOW® no facebook, a marca doará R$ 0,10 para a FEMAMA. A campanha na rede social vai de 04 a 08 de outubro, independente do valor acumulado. Além disso, na compra de qualquer produto CAT CHOW® no mês de outubro, R$ 2 serão doados, também pela marca, até atingir o limite de R$100 mil.

A campanha conta ainda com peças de comunicação nos pontos de venda, anúncios em revistas e TV, um hot site desenvolvido exclusivamente para a ação – www.catchowrosa.com.br –, além de interferências no site da Nestlé e de NESTLÉ® PURINA® CAT CHOW® durante todo o mês de outubro.

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Espero que aproveitem a informação!

Abraços,
Laurence Esgalha



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