24 de dez. de 2010

Fim de Ano - Adotar e Amar



O Fim do Ano chegou!

Férias, aquela viagem programada o ano todo, festas, Natal, Réveillon... E muitos, muitos problemas para os animais de estimação.

As festas.

Pai, mãe, irmãos, irmãs, avô, avó, netos, tios, tias, primos, sobrinhos, amigos próximos (outros nem tanto...), comida, bebida, alegria, confraternização, troca de presentes... Ops!! Cadê o gato? Alguém viu? Quem deixou o portão aberto?!

Esta é a época do ano em que ocorre o maior número de fugas de animais de estimação. As pessoas estranhas, a quebra da rotina, o barulho, os fogos; tudo isso apavora nossos bichos.
O que nós chamamos de festa, para eles deve parecer o início da terceira guerra mundial! Na ânsia de se livrarem do barulho, eles fogem e podem ser atropelados ou não conseguirem mais voltar pra casa.

Prepare seu bichinho para as festas (não, não é vesti-lo com roupinha de Papai Noel ou gravatinha borboleta!). Reserve para ele um ambiente isolado, com acesso restrito aos humanos barulhentos (e tem humano não barulhento?), com comida e água fresca, talvez um pouco de música suave ou uma roupa com seu cheiro. Uma gaveta aberta para seu gatinho se esconder num momento de maior estresse também pode ser uma boa idéia. E não se esqueça da coleira com plaquinha de identificação. Já resgatamos vários animais nas ruas que não conseguimos devolver simplesmente porque não descobrimos de quem é. A plaquinha é baratinha. Um excelente presente de Natal para seu bichinho.

A viagem de férias.

Para quem ama seu animal de estimação parece difícil de acreditar, mas muitos animais soltos pelas ruas nesta época do ano não fugiram por causa dos fogos ou do barulho das festas. Eles foram abandonados por seus proprietários que viajaram de férias. Os hotéis para cães e gatos estão cheios de histórias assim. O dono contrata o serviço do hotel, chega com o bichinho no colo, cheio de carinho, faz uma batelada de recomendações, fornece dados falsos, deixa o animal e nunca mais aparece!

Outro problema é que (responsavelmente desta vez), as pessoas não adotam um animalzinho nesta época do ano, justamente por causa das viagens de férias. Então, os abrigos que existem, ficam ainda mais lotados. Também um excelente presente de Natal, não para o seu bichinho, mas para vários que esperam por um lar, é uma doação para uma entidade idônea que cuida desses animais.

O presente de Natal.



Aquele filhote fofinho da vitrine, que mais parece um bichinho de pelúcia, pode ser o presente perfeito para namorada, não é? Ou para o filho, que vem pedindo um bichinho de estimação há meses. Até o presenteado perceber que o bebê não faz apenas coisas fofas, mas também solta pelos, quebra coisas, faz bagunça, fica doente, dá trabalho e despesa. E se torna um inconveniente na hora de viajar.

Algumas vezes o pai resolve dar um bichinho de presente para o filho na intenção de incutir um pouco de responsabilidade ao pimpolho e, quando descobre que ele está mais interessado no Xbox 360 novo que ganhou de Natal e que quem tem que alimentar o novo membro da família e limpar a caixa de areia é ele mesmo, percebe que a estratégia não funcionou e quer se livrar do bichinho. O namorado novo também pode não gostar que o gatinho que a garota ganhou do ex fique se esfregando em suas pernas ou encarando-o quando dá um beijo na menina.

Comprar ou adotar um bichinho é um compromisso assumido que pode durar 12, 15 e até 20 anos, dependendo do animal. E a pessoa que ganha o “presente” pode não querer ou não estar preparada para esse compromisso. O resultado: mais animais encaminhados às associações para adoção ou abandonados nas ruas.

Comprar por impulso já não é uma boa idéia quando se trata de objetos. E animais de estimação não são objetos nem brinquedos.

O Natal pode ser sim uma ótima data levar um cãozinho ou um gatinho pra casa. Mas esse será um presente para toda a família. Esse animalzinho será um novo membro dessa família e todos deverão estar de acordo com isso.

E se neste Natal, depois de toda essa reflexão, você ainda quiser dar a você mesmo e à sua família o presente que é conviver com um desses animais maravilhosos... Não compre – adote um. E tenha um FELIZ NATAL!

Jimmy – Foto by Nielson


Um FELIZ NATAL a todos vocês que acompanham o Tudo Gato (...e o Miaaudote
também)! FELIZ NATAL Laurence e obrigado de novo!

PS: O Jimmy foi o modelo mais gato do Natal Au-Au 2009, evento que promovemos para
arrecadar fundos para a Associação Vida (mais fotos aqui e aqui).

Carol.
http://miaaudote.blogspot.com/
twitter: @miaaudote




BOAS FESTAS!
ABRAÇOS DO LAUESG E COLUNISTAS DO TUDO GATO!!!





Dewey - Um Gato entre Livros (Vicki Myron)


Sinopse: A rotina da pacata cidade de Spencer, Iowa, Estados Unidos, se transforma após Dewey, um gato, ser encontrado na Biblioteca Pública. A diretora da Biblioteca, que achou o gatinho na caixa de devolução, resolve contar a história e lança o livro, Dewey, um gato entre livros. O livro escrito por Vicki Myron, com colaboração de Bret Witter é a história real de um gato que fez da biblioteca - e da cidade de Spencer- sua casa e de seus habitantes, os melhores amigos.

__

Um livro especial, principalmente para aqueles que amam animais...especialmente os gatos!

Dewey, um fofo gatinho amarelo, foi encontrado ainda filhote na biblioteca da pequena cidade de Spencer, nos E.U.A.

Encontrado pela bibliotecária Vicki, ela logo se apaixonou pelo gato e ele se tornou o mascote da biblioteca.

Dewey acabou se tornando um grande atrativo na biblioteca, atraindo cada vez mais pessoas, pricncipalmente as crianças.

É impossível não se emocionar com o amor que os funcionários da biblioteca, especialmente Vicki, tinham por Dewey.

O mais bacana do livro é ver como um gatinho pode transformar a vida das pessoas, trazendo sempre coisas boas, e foi o que Dewey fez, não só com os funcionários da biblioteca, mas também com seus frequentadores e até da cidade, já que ele ficou muito famoso e projetou a pequena cidade a um nível até internacional (viram só o que um gatinho pode fazer?? rs).

Quem tem um gato com certeza ficará tocado por essa maravilhosa história real, que mostra como os gatos são animais maravilhosos, inteligentes, companheiros e acima de tudo: amigos!

O livro é divertido (impossível não rir com as "traquinagens" do gato) e muito, muito emocionante, porém os mais sensíveis (tipo eu...rs) devem se preparar para derramar algumas (muitas) lágrimas.

Definitivamente, gateiro que se preze tem que ler este livro. Se você ainda não leu, aproveite a oportunidade e peça de presente de Natal. Com certeza você não vai se arrepender!!

Ah, e o mais legal é que os direitos do livro já foram comprados por uma produtora virou um filme sua estréia está prevista para 2011!!! Quem sabe aí mais pessoas possam conhecer a história de Dewey e abrir seu coração para os gatos.

Se você quiser mais informações sobre Dewey, é só visitar o site dele: http://www.deweyreadmorebooks.com/index.php

Feliz Natal para todos (gateiros e seus gatos rs)! A gente se vê de novo em 2011 com muito mais literatura felina!!! =)

Laura
http://gatosnabiblioteca.blogspot.com
twitter: @GatosBiblioteca



 A adoção de animais tem sido mais e mais difundida no mundo dos amantes de animais. Aqui na minha cidade, Ilhéus, o Centro de Controle de Zoonoses é uma instituição nova, existe há menos de 5 anos. Com excecão dos cães muito doentes, que são eutanasiados na sua grande maioria, os outros geralmente são adotados. Entretanto, essa não é uma realidade para os gatos. Adoção de gatos é mais rara. Para cada 20 cães que são adotados, apenas um gato encontra o lar.

Deixando as preferências de lado, criar gatos ainda é mais fácil do que criar cães. Muitas pessoas adotam animais que interajam ao máximo com a família, como um ser humano, mas se não entender o comportamento felino, não há como saber o quanto eles interagem conosco. Nesse artigo eu vou deixar algumas dicas sobre o ponto de partida após a adoção.

LEVE AO VETERINÁRIO:

Adotou um animal, leve ao veterinário. O balconista do petshop sabe indicar o que você precisa, ou o que ele precisa vender, mas o veterinário quem vai dizer o que o ANIMAL precisa.

No veterinário o gatinho será examinado quanto à presença de sintomas de doenças comuns em filhotes, e até mesmo as antropozoonoses (doenças transmitidas de animais para seres humanos e vice-versa).

Quando eu recebo um gatinho recém adotado eu faço alguns exames:

Exame de fezes para elaboração do protocolo de vermifugação.

Exame do pêlo caso eu veja “pontinhos pretos” no mesmo, em busca de Lynxacarus radovskyi (http://www.editora.ufrrj.br/rcv2/rcv22n1/57-60.pdf) que é bastante comum em filhotes.

Exame de citologia de secreção auricular em busca de Otodectes cynotis (http://www.bayerpet.com.br/parasitas_gatos/acaros_ciclo.aspx?especie=2&ciclo=1)

Vermifugação:

Os filhotes devem ser vermifugados sempre. A transmissão dos vermes (nematódeos e cestódeos)se dá via transplacentária,via oro-fecal e pelo leite materno. Mesmo vermifugando uma vez, esse procedimento deve ser repetido devido ao comportamento do infante. Esse comportamento desbravador faz com que o mesmo coloque TUDO na boca, inclusive suas próprias fezes. A vermifugação pode ser iniciada aos 15 dias.

A maioria dos vermífugos é de amplo espectro. Entretanto é importante que na primeira visita seja realizado um exame de fezes no filhote, pois o protocolo pode variar a depender do verme presente. Os vermífugos mais comuns são efetivos contra vermes adultos e larvas, não agindo nos ovos. Portanto a vermifugação deve ser repetida após 15 dias, pois o que era ovo na primeira vermifugação já terá eclodido e virado larva.

Vale lembrar que o alguns desses vermes podem causar doenças em seres humanos que entram em contato com as fezes, como é o caso da larva migrans (bicho geográfico).

Vacinação:

O filhote de gato vai ser vacinado com a vacina múltipla aos 60 dias de vida. Até essa idade o gatinho está protegido pela imunidade materna conferida no colostro. A vacina deve ser repetida aos 90 dias. A vacina anti-rábica deve ser realizada aos 120 dias (4 meses). Durante a vacinação o veterinário examina o animal e assim pode identificar algum sintoma de doenças que ele pode estar desenvolvendo. Não deve ser realizada vacinação em animais que apresentam sintoma de alguma doença. Somente animais saudáveis devem ser vacinados. A vacina é um desafio ao sistema imune para produzir anticorpos contra determinadas doenças.

Se o sistema imune do animal está combatendo alguma outra doença, apenas parte dele
responderá à vacina e não será conferida a proteção esperada.

Caixa de areia: 

A caixa de areia deve ser colocada em um ambiente que o gato não se sinta ameaçado, portanto nada de colocar do lado do canil do cachorro. Enquanto está urinando ou defecando, o gato está no seu momento de ‘nobreza’ e deve se sentir à vontade. Imagine você, no banheiro, e preocupado se alguém vai entrar e interrompê-lo. Você faz tudo às pressas, deixando o zíper aberto e papel higiênico colado no salto do sapato. Agora, imagine se todas as visitas ao sanitário fossem assim? Pois é. Outro ponto que deve ser considerado é que a caixa de areia deve ter o comprimento duas vezes o tamanho do gato. O gato faz suas necessidades, dá a volta, enterra. Ele precisa de espaço para fazer isso. Não economize no tamanho da caixa de areia, afinal, ninguém gosta de fazer suas necessidades em banheiro de
avião. Agora, o mais importante, mantenha a caixa de areia limpa. As razões são óbvias.

Ter uma caixinha minúscula, ao lado do comedouro de dois poodles, imunda é a mesma coisa de você fazer suas necessidades no banheiro de um avião, com fezes no sanitário, a descarga quebrada, a fechadura quebrada e várias pessoas na fila para entrar a qualquer momento, pense nisso.

Alimentação:

Por fim, o último ponto abordado no básico necessário após a adoção é a alimentação. Deve ser dada alimentação de filhotes até um ano de idade. Evite rações vendidas à granel, dê preferência às rações super premium. Não dê em hipótese alguma carne, ou frango, crua ou mal passada para gatos. A toxoplasmose é transmitida através do consumo dos cistos presentes na carne contaminada. Mesmo a carne fiscalizada não está 100% livre da contaminação pelo cisto da toxoplasmose. A melhor forma de prevenir é evitar carne crua ou mal passada.

Dê uma alimentação de qualidade para seu gato. Vou exemplificar o que eu sempre passo para meus clientes com a ração Premier Ambientes Internos para gatos filhotes, entretanto pode ser qualquer ração super premium para filhotes. A média de preço da embalagem de 400g é R$18,00. Então o cliente já assusta: Nossa, mais de 36,00 reais um quilo de ração, mais caro que carne de primeira.

Mas vamos calcular: um gatinho de 3 meses, pesando 2 kg come 85 gramas por dia. Uma caixa de 400g vai durar quase 7 dias. O valor por dia gasto com a alimentação do gatinho será R$3,82 com uma ração super premium... quando você gasta por refeição no self-service?

Menino ou menina?

Uma dúvida que a maioria das pessoas tem é acerca do sexo do gatinho. Confesso que eu também tenho essa dúvida e a melhor forma de descobrir é tendo uma ninhada onde você pode comparar o machinho com a feminha. O macho possui o seu órgão genital mais afastado do ânus, e a sua forma é como se fosse um pontinho. Então, se você segurar o macho de costas e levantar o rabo, você verá um pontinho (o ânus) e abaixo outro pontinho (o pênis). Já na fêmea, a vulva é mais próxima do ânus, o que serve de comparação, e o seu formato é uma vírgula. Então, se você segura a fêmea na mesma posição verá um pontinho (o ânus) e uma vírgula (a vulva). Então macho (:) e fêmea (;)

As fotos a seguir foram tiradas de um casal de uma ninhada de 2 dias, lá na clínica.

É isso aí, gente. Começar a criar gatos é fácil. Vamos diminuir essa estatística de adoção, tornando um gato adotado para cada cão. O dono de gato precisa saber de muitas outras coisas, mas o básico abordado já é um bom começo!


Alice Albuquerque
diarioveterinaria.blogspot.com
twitter @alicevet



15 de dez. de 2010

Simon's Cat in 'Santa Claws'

Um Simon's Cat de primeira pra começar bem o final de ano! X^D


Abraços gente!
Lauesg





O assunto em foco de hoje são os leopardos! Vamos começar com um esclarecimento: leopardos e panteras são exatamente a mesma espécie (Panthera Pardus), mas por alguma razão perdida nos tempos, muita gente acha que leopardos negros ou melaníticos são uma especie diferente, mas são todos leopardos, só muda o nome - mesmo os negros têm as rosetas características da espécie, apesar de não serem tão aparentes. A diferença mais óbvia na pelagem para as onças, são justamente as rosetas, que são bem maiores e menos numerosa nas onças.

Um jovem leopardo-do-sri-lanka, o maior dos leopardos e
uma das espécies mais raras em cativeiro
Esses felinos tem tamanho médio (80cm a 1,50m), notívagos. Os adultos machos pesam cerca de 60 kg. A gestação das fêmeas dura por volta de 100 dias e então nascem de 2 a 4 leopardinhos, que podem viver até os 21 anos. A cor do pêlo varia conforme a região pois é baseada em camuflagem (amarelo com preto simula os raios do sol passando pelas folhas das árvores): pode ser laranja bem escuro, dourado ou até creme. Apesar do tamanho ser uma desvantagem numa briga com um leão, tigre ou hiena, leopardos são gatos fortes e musculosos porque normalmente carregam as presas para o topo das árvores onde os outros predadores não conseguem subir. Topos das árvores são os locais preferidos desse felino, tanto para dormir durante o dia como para ficar de olho no território e nas possíveis presas!

Maravilhoso exemplo de um leopardo
(ou pantera!) negro
A distribuição geográfica é bastante variada, das florestas densas ou savanas africanas, regiões áridas e pedregosas no Oriente Médio a florestas tropicais e montanhas altíssimas e geladas na Ásia, pois os maravilhosos leopardos são bastante adaptáveis. Infelizmente, como quase todos os outros felinos selvagens, estão a beira da extinção, caçados implacavelmente por sua pele e pela fama, as vezes injusta, de assassinos indiscriminados. Na verdade os leopardos não são muito de frescuras no que preferem no menu: insetos, pequenos roedores, primatas, gado, animais domésticos e humanos - obviamente o ataque a animais domesticados e humanos só acontecem quando o habitat natural do leopardo é invadido e os outros animais estão em falta...

Notem o pelo mais claro nesse leopardo
africano, que vive em regiões áridas
onde não existe grande contraste entre luz e sombra.
Algumas das sub-espécies são: Leopardo-da-China (Panthera Pardus japonensis), Leopardo-do-Sri-Lanka (Panthera Pardus kotiya), Leopardo Árabe (Panthera Pardus nimr), Leopardo Norte-Africano (Panthera Pardus panthera), Leopardo Africano (Panthera Pardus pardus), Leopardo Persa (Panthera Pardus saxicolor) e Leopardo Europeu (Panthera Pardus tulliana). Ah, e Leopardo-das-neves e Leopardos-nublados não são leopardos "de verdade", só no nome! Pois é, todos os gatos têm de ser complicados!

A sub-espécie em maior perigo de extinção é o Leopardo de Amur (Panthera Pardus orientalis) , no momento calcula-se que somente restam de 30 a 50 indivíduos na natureza. Vocês leram certo, TRINTA A CINQUENTA! Felizmente alguns zoos estão envolvidos em projetos de conservação e com muita sorte e trabalho talvez os nossos netos e bisnetos tenham o privilégio de saber que esses magníficos animais ainda passeiam pelas tundras russas e chinesas.

O quase-extinto leopardo-de-amur. Esse macho
faz parte do projeto de conservação
do Colchester Zoo na Inglaterra
Eu tive a rara oportunidade de visitar um santuário particular de leopardos - o casal resgatava leopardos e outros gatos selvagens de circos e importadores ilegais e colocava em habitats que construíram no quintal da chácara onde moravam!!!! Infelizmente quando o fundador Peter James faleceu, sua esposa não teve mais condições de manter os gatos, que foram doados a zoos europeus. Durante 6 meses do ano o santuário recebia grupos pequenos de até 15 vistantes que, além de aprenderem sobre os hábitos a e história dos gatos residentes, eram acompanhados de fotógrafos profissionais que davam dicas e respondiam perguntas. Mas o melhor era que a gente podia se grudar nas grades e tirar fotos sensacionais (e no meu caso, dar uma de Felícia e passar a mão num puma ronronante!).

Como os gatos domésticos, os olhos dos felinos são extremamente expressivos e sempre dão um toque especial a fotos, assim como bocejos e bichanos em ação, seja pulando, comendo ou se espreguiçando, que também são momentos bastante interessantes.
Se possível, ao fotografar, tenha um cuidado especial com o cenário, eu sei bem que é difícil, especialmente com animais selvagens, por isso o posicionamento do fotógrafo é importantíssimo. Uma das técnicas mais empregadas em fotografia animal é desfocar o fundo controlando a abertura do diafragma; algumas câmeras mais modernas já vêm com essa opção. Ou então use um programa de edição de imagem para conseguir um efeito semelhante. Alguns fotógrafos preferem retocar as fotos até uma quase perfeição que não existe na natureza, o que é totalmente aceitável, contanto que seja esclarecido que a imagem foi manipulada. Eu particularmente gosto de ver algumas imperfeições, contanto que não distraiam do objetivo principal, mas uns retoquezinhos bem feitos as vezes são necessários!

Não esqueçam de deixar seus comentários e seguir o Foco Felino no Twitter!

Bea
twitter: @Foco_felino



Bom dia gente!
Nesta semana fiquei sabendo de uma curiosidade bem legal! O primeiro desenho animado exibido na TV (mundial) foi de um amigo bichano... O Gato Félix!

Foi lançado por Otto Messmer e Pat Sullivan no cinema em 1919 e teve a honra de ser a primeira animação televisionada em 1928.

O desenho do bichano passou pela mão de algumas pessoas, passando a ganhar sons e cores (ele estreou nas telonas como cinema mudo) com o decorrer do tempo.

Félix está vivo até hoje graças ao seu carisma e pessoas que souberam conduzir a sua "carreira" ao longo das décadas, adaptando sua realidade às evoluções da sociedade.

Essa foi apenas uma rápida análise com essa curiosidade para vocês. Tem bastante conteúdo na internet sobre o assunto! Procure saber! Vale a pena!


Abraços povo!
Lauesg



Boa tarde gente!

Tivemos uma contribuição da nossa amiga leitora Lucy. Ela achou uma matéria bacana da revista Mundo Estranho que trata desse assunto que abordamos ontem aqui! Estou colando para partilhar com todos!

Acho que nossa conversa estava no rumo certo... rs. Espero que gostem!



Qual é a origem da lenda de que os gatos teriam sete vidas?

Ninguém sabe ao certo. "O mais provável é que eles ganharam a fama por causa do seu sistema imunológico eficiente - já notou que é difícil gato ficar doente? - e por sua exímia agilidade, que lhes permite cair sempre de pé", diz o zoólogo Carlos Alberts, da Universidade Estadual Paulista (UNESP), especialista em comportamento animal. Mas por que sete e não outro número? O curioso é que a quantidade de vidas varia de uma parte do planeta para outra. Nos países de língua inglesa são nove, em vez de sete vidas. Os dois números têm um significado místico especial em diversas culturas e religiões. Na cabala, o sete é um dos algarismos de maior potência mágica e o nove não fica atrás, representando a vida e a abundância.

Ainda que seja impossível apontar a origem exata da lenda, acredita-se que ela esteja na Idade Média, quando se imaginava que as bruxas se associavam aos gatos, principalmente os pretos. Em 1584, no livro Beware the Cat (Cuidado com o gato), o escritor inglês William Baldwin dizia que "é permitido às bruxas possuírem o corpo do seu gato por nove vezes". Outro inglês, John Heywood, reuniu, em 1546, uma coletânea de provérbios, dos quais um dizia que "a mulher, assim como o gato, tem nove vidas". Já os árabes e turcos nada tinham contra os gatos (Maomé vivia cercado deles) e seus provérbios falam em sete vidas. É provável que tenham passado essa versão para espanhóis e portugueses na ocupação da Península Ibérica pelos mouros - que teve início no século VIII e durou quase 800 anos. A partir de Portugal, o mito das sete vidas felinas logo chegou ao Brasil.

fonte: http://mundoestranho.abril.com.br/mundoanimal/pergunta_286103.shtml

 --

Abraços gente!
Lauesg




Sabe que eu nunca descobri por que dizem que gatos têm sete vidas?

Me perguntaram isso noutro dia e não soube responder. Me lembro que quando era criança, perguntei isso ao meu pai e ele supôs que fosse por ser o gato um animal muito resistente, que não morria tão facilmente.

Fazendo esse "Gato que é gato..." pensei que talvez o número "7", nesse caso, tenha o mesmo significado do "7" bíblico, que significa algo infinito... Talvez tenha algum significado espiritual (simbolizando que eles tenham espírito que não morre como nós talvez) ou simplesmente pela "resistência" mesmo do animal, sei lá! rsrs...

Alguém aí tem uma explicação mais plausível ou a explicação correta?

Abraços!
Lauesg




 Cruzou, e agora?

Falamos no artigo anterior sobre as vantagens e desvantagens da castração, mas ainda nos deparamos com uma grande maioria de gatas que saem de casa, namoram e presenteiam a família com uma gestação inesperada. Não vou justificar minha casuística de gatas gestantes por trabalhar com uma população carente do interior da Bahia, porque mesmo os nada carentes na minha região ainda não praticam a posse responsável com a castração.

Os proprietários de gatos que eu atendo se dividem em dois grupos: os informados e os desinformados. Os informados trazem os gatos para vacinação, castração, problemas de pele e afecções do gato idoso. Os desinformados de bom coração trazem o gato atropelado, envenenado ou em trabalho de parto. Os desinformados sem coração nem chegam na porta, vão no petshop, compram um anti-concepcional e aplicam na gata que acabou de cruzar.

Eu deveria ter castrado a minha gata... mas não castrei e ela cruzou.. e agora?

Em hipótese alguma você deve administrar o anti-concepcional depois que a gata já tiver cruzado. Essa prática não vai impedir que a gata gere os filhotes e aos 57-63 dias, quando ela deveria parir, os níveis de progesterona ainda estarão altos na corrente sanguínea e ela não entra em trabalho de parto. Os filhotes morrem porque a gata não entrou em trabalho de parto. A recomendação do veterinário será: (1) castrar até 7 dias depois que cruzou, lembrando de todos os riscos inerentes à cirurgia; (2) a administração de um medicamento que vai promover a reabsorção do embrião ou aborto do feto, a depender do estágio da gestação; (3) cuidar da gatinha até o parto, e depois se responsabilizar pela doação dos filhotes, com posterior castração da mãe.

Como ultrassonografista, as principais dúvidas dos proprietários são:

Quantos filhotes? Quanto tempo falta para o parto? Quando marcar uma cesárea?

A ultrassonografia é uma ferramenta de imagem que é capaz de diagnosticar a gravidez
positiva a partir de 20 dias de gestação. Na minha prática eu peço que venham sempre depois de 30 dias que estima-se que a gatinha tenha cruzado. Nesse momento são identificadas as vesículas uterinas, o início da forma embrionária e os batimentos cardíacos, sendo possível também contar com maior acurácia a quantidade de filhotes. Geralmente as gatinhas são trazidas para a ultrassonografia com mais de 45 dias e, devido ao tamanho e desenvolvimento dos fetos, a contagem pode ser superestimada.

A maioria de ultrassonografias que eu já realizei em gatas gestantes foi para verificar se havia algum problema pois elas já estavam em trabalho de parto há pelo menos 6 horas.
Quando uma gata está com dificuldades para parir chamamos de distocia, e a ultrassonografia vai servir apenas para verificar se há fetos vivos e, se houver, se estão em sofrimento. O sofrimento fetal é avaliado pela mobilidade dos fetos e pelo batimento cardíaco, que deve ser superior a 200 bpm. Para verificar posicionamento dos fetos no canal pélvico o exame de imagem ideal será o raio X.

Essa semana uma proprietária entrou em contato comigo com o seguinte histórico:

- Doutora, a minha gatinha cruzou há 15 dias. Gostaria de saber qual será o procedimento do parto, se eu posso interná-la com alguns dias de antecedência.

Minha resposta começou com:

- A natureza é perfeita... o parto na vida da gata gestante é um dos momentos mais especiais, e ela vai escolher o lugar onde quer parir. Geralmente ela escolhe sua gaveta de calcinhas, mas arrume um local aonde ela se sinta a vontade, sem ameaças e predadores (como outros gatos, cães e crianças), que seja limpo, forrado, e torça para ela querer parir ali. Levar a gatinha para parir em uma clínica veterinária será um martírio para ela. Imagine que usamos 3% do nosso cérebro em identificar cheiros, o gato usa cerca de 30%. Ao chegar na clínica, a gatinha vai saber exatamente quantos poodles, rottweilers, outros gatos, funcionários e até os estagiários que passaram por ali no último mês. Não, não vamos trazer a gatinha.

- Mas então, doutora, podemos marcar a cesárea e eu só a levo no dia?

- Bom, senhora, novamente eu falo que a natureza é perfeita e virtualmente todas as fêmeas são capazes de terem o parto normal. Imprevistos acontecem e a gente só deve intervir quando eles acontecem. Se realizarmos a cesárea 1 a 2 dias antes do dia do ideal, sem esperar a gatinha entrar em trabalho de parto, diminuímos muito as chances dos gatinhos sobreviverem e terem um desenvolvimento normal.

- Mas, doutora, eu não tenho estrutura para ver a minha gatinha parir, quero que ela tenha parto cesárea sim.

- Bom, eu sinto muito mas a senhora precisa se estruturar. Ou procurar alguém que o faça.
Pense que uma mulher que tem parto cesárea sofre alguns dias depois do parto, tendo que manusear o bebê e se cuidar, e na maioria das vezes ela tem ajuda. Agora imagine uma gata, sem ajuda, com cerca de cinco bebês que precisam ser limpos, aquecidos e alimentados, enquanto ela sente dor e o pior, a cicatriz da cesárea fica exatamente entre as mamas, o que não acontece com a mulher. Pense bem.

No final das contas eu consegui convencê-la a fazer o pré-natal da gatinha, esperar o dia do parto, dar-lhe a oportunidade de tentar parir sozinha e em paz, e somente intervir se houver necessidade.

Claro que eu sei que no dia desse parto o meu celular vai tocar a cada 5 minutos, mas eu prefiro ser a pessoa a não ter sossego do que traumatizar a gatinha por decisões precipitadas.

Por essas e outras muito se fala por aí, é melhor prevenir do que remediar. #ficadica

Alice Albuquerque
diarioveterinaria.blogspot.com
twitter @alicevet



Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...