Segundo a Wikipédia, a Etologia é a disciplina que estuda o comportamento animal (do Grego ethos = ser profundo, logia = estudo). Está ligada aos nomes de Konrad Lorenz e Niko Tinbergen, sob influência da Teoria da Evolução, tendo como uma de suas preocupações básicas a evolução do comportamento através do processo de seleção natural. Segundo Darwin , cada espécie é dotada de seu próprio repertório peculiar de padrões de comportamento, da mesma forma que é dotada de suas próprias peculiaridades anatômicas.

Os etólogos estudam esses padrões de comportamento específicos das espécies, fazendo-o preferencialmente no ambiente natural, uma vez que acreditam que detalhes importantes do comportamento só podem ser observados durante o contato estreito e continuado com espécies particulares que se encontram livres no seu ambiente. 

Infelizmente nós não estamos lidando com a espécie felina no seu ambiente natural, e sim em um ambiente que lhe foi imposto. Dessa forma, precisamos compreender um pouco sobre o comportamento felino antes de instituirmos um manejo adequado para prevenir e corrigir os problemas comportamentais.

No artigo anterior nós falamos um pouco sobre o comportamento felino com algumas características do mesmo que nos ajudam a entender a mensagem que o gato quer passar para nós.

Hoje nós vamos falar um pouco sobre a educação mais importante, que não é a do gato, mas a do cliente.

Atualmente na clínica de felinos, comportamento não é um assunto amplamente abordado nos consultórios, tanto pela falta de interesse do proprietário, que acaba preferindo procurar informações no google, quanto pela falta de preparo e de atenção devida do profissional.

Vou fazer desse espaço uma consulta pediátrica padrão, teremos como personagens a Dona Tereza, uma senhora de 65 anos, viúva, que sempre criou poodles a vida inteira e, assim como outros 5 condôminos do seu prédio, ajudou o porteiro que não sabia o que fazer com 5 gatinhos recém encontrados em uma caixa. A outra personagem será a veterinária, atuante na área há 7 anos, e que trouxe de dentro de casa (são 6 gatos, SEISS) a maior parte da sua experiência com felinos (lembrando que ela também é muito simpática e aparenta ser mais jovem do que é, eheheh). E não podemos nos esquecer do Espirro, um gatinho de dois meses, com os pelos arrepiados, olhos esbugalhados e unhas prontas para cravar no crânio do primeiro que se meter a besta.

Depois de uma hora falando das vacinas, vermifugação, castração e introdução acerca das formas de comunicação dos felinos, a veterinária continua:

-Então, dona Tereza, é necessária a adoção de práticas simples para a prevenção de problemas comportamentais no Espirro, tais como...

-Não estou entendendo, doutora, problemas comportamentais? Eu nunca tive isso com meus poodles, e olha que toda a mobília da casa era deles, eles sempre se alimentavam antes de nós, às vezes faziam xixi ou cocô em cima da cama, não deixavam que a gente encostasse na comida deles, mordiam diariamente o carteiro ou o entregador de gás ou o entregador de água, ou... enfim! Sempre foram assim e nunca tiveram problemas comportamentais.

A veterinária respira fundo e se pergunta: Se isso não era problema comportamental, o que seria então?

-Mas então, dona Tereza, os problemas em felinos são diferentes tanto em ocorrência quanto em intensidade. Eles não vão atacar o seu carteiro, por exemplo, a não ser que seja um Garfield e...

-Garfield?

-Ehnn, humm.... desculpe, dona Tereza, vamos voltar para o foco. Falemos sobre socialização. Os filhotes passam por um período importante de desenvolvimento social, dos 2 aos 7 meses. Nesse período, dona Tereza, eles devem entrar em contato com crianças, sempre supervisionados, com outros adultos, diferentes da senhora. Devem entrar em contato também com outras espécies, como cães, pássaros ou pequenos roedores, sempre supervisionados. Esses encontros devem ser agradáveis e que não ofereçam perigo ou ameaça para o Espirro ou para os coleguinhas dele. O ideal seria que ele também entrasse em constato com outros gatos adultos, para aprender a não morder ou arranhar quando estiver brincando, pois vai estar respeitando uma hierarquia social. Além disso, ele vai aprender comportamentos de afeto entre os gatos, como se lamberem, se acarinharem, contato entre os narizes dos gatos, a prática de dormirem juntos, e por aí vai.

-As brincadeiras são importantes para os felinos, e em todos os filhotes, elas exercem o papel de aprendizado. Deve-se prover brinquedos para o Espirro, e esses devem variar, de preferência fazer um rodízio entre eles, não os deixando sempre à vontade. A senhora também deve interagir com o Espirro, como lançando bolas, brincando com um cordãozinho, estimulando uma brincadeira onde o Espirro vai ser o predador. Dessa forma ele dificilmente vai estar escondido pela casa, esperando a senhora passar para atacar seus tornozelos.

-ATACAR?????

-Sim, dona Tereza, mas a gente vai evitar isso né... e não dói assim, não. Continuando: o gato não destrói uma mobília nova porque ela é nova ou porque ele é mal, mas porque ele precisa exercer o comportamento de arranhadura, como eu expliquei anteriormente para a senhora (lá no outro artigo). Antes que ele comece a arranhar onde não deve, a senhora deve fornecer arranhadores próprios para ele, estimule o seu uso colocando perto do local onde ele planejava ou já estava arranhando, brinque com ele ao redor do arranhador ou passe a erva do gato (catnip) nesse artefato.

-Doutora, tudo bem, eu estou entendendo, mas, veja bem, eu preciso que ele faça o xixi e o cocô no postinho, como meus poodles faziam, ou nos passeios de coleira. Ele está fazendo no box do banheiro e isso é inadmissível.

-Bom, dona Tereza, a senhora deve colocar na casa uma caixa de areia. Essa caixa deve ser grande, isto é, medir, em seu comprimento, o tamanho de dois gatos adultos, estar sempre limpa e abastecida com a areia higiênica . O tamanho grande é importante para que o gato possa exercer seu comportamento de cavar, caminhar, defecar ou urinar, dar a volta e enterrar. Gatos são como humanos, eles não gostam de defecar ou urinar em banheiro sujo, não se esqueça. Uma areia higiênica de qualidade irá manter o “banheiro” seco e sem odor, por mais tempo.

-Onde eu compro isso?

-Em petshops a senhora encontra a caixa e a areia. Infelizmente a maioria das caixas do mercado são pequenas, então pode até ser em casa de material de construção, aquelas caixas de pedreiro mesmo. Outra coisa importante, quando o gato está defecando ou urinando, ele está no seu momento de maior vulnerabilidade. Ele precisa ficar de olho em predadores, dona Tereza..

-Não há predadores na minha casa, doutora...

-Sim, eu sei, a senhora sabe mas o instinto do Espirro não sabe, e nunca vai saber. Ele vai estar sempre alerta por toda a vida, portanto, a caixa de areia não deve ser coberta, para que ele tenha ampla visão dos arredores.

-Agora vamos falar como faremos para introduzir um novo gato em casa...

-Doutora... desculpe, mas podemos falar sobre isso depois? O Espirro, por enquanto, é filho único e, apesar dele ser adorável, eu não acho que vá querer outro gato tão cedo.

A veterinária e a dona Tereza se despediram, então a veterinária não pôde evitar o pensamento:

"É dona Tereza, pode se enganar pensando que a senhora vai se contentar só com um gato. Uma vez que nos viciamos nessa espécie, é difícil parar. Mas, a gente pode sim falar sobre a introdução de outro gato uma outra hora. Lá se vai outro criador de poodles que nunca mais criará poodles."

É isso aí pessoal, vamos continuando a falar sobre comportamento felino daqui 15 dias. Porque daqui a 18 dias será o início da Pet South América 2011 (www.petsa.com.br) e o Tudo Gato estará lá fazendo uma cobertura exclusiva com a veterinária mais simpática do Blog... a única :)


Alice Ribeiro
diarioveterinaria.blogspot.com
twitter: @alicevet





Já há algum tempo, empresas vêm descobrindo as campanhas publicitárias “do bem”. Isso é marketing, claro. O que interessa é vender o produto. Mas se isso pode, ao mesmo tempo, ajudar em uma boa causa, por que não?


Desde a criação de produtos ecologicamente corretos, supermercados que incentivam o uso de sacolas retornáveis, a peças publicitárias que apoiam a adoção de um animal abandonado, o mercado está de olho em um consumidor mais atento, mais engajado e que não aceita qualquer produto. Isso é ótimo e nós acreditamos que não seja apenas um modismo. O mundo está mudando e o mercado acompanha.


Só para se ter uma idéia, a campanha da Pedigree®, Adotar é tudo de bom, já tinha doado 22.777 cães na última visita que fizemos à sua página.


Ok, postar notícia velha na internet é um pecado mortal, sabemos disso. Principalmente em se tratando de uma promoção em que se pode ganhar brindes. Por isso pedimos um milhão de desculpas, mas só descobrimos essa campanha um dia após ela ter se encerrado. Mas, como o objetivo aqui é mostrar boas iniciativas, ainda está valendo.


Então, mesmo atrasados, resolvemos mostrar a campanha feita para promover o novo sabor de Halls®. Ao todo, a peça é composta por uma sequência de quatro filmes semanais e o segundo episódio é estrelado pelo gatinho Mel, da ONG Adote um Gatinho. Eles avisam que o bichano de sorte já foi adotado, mas exibe um link para a ONG para quem se interessar em dotar um novo amigo.


E, independente da promoção já estar encerrada, a campanha é muito boa e o gatinho é um fofo. Vale a pena dar uma olhada.


É só clicar AQUI.


Um abraço.
Carol e Allan
http://miaaudote.blogspot.com/
twitter: @miaaudote



23 de set. de 2011

Gato que é gato... | O Hamster


Alguém aí já ouviu falar de "repelente de gato"? Comentem aí!

Essa é a nova fase do "Gato que é gato..." numa versão em tiras do gato L!nk, nosso mascote! E ganhou um "amigo"! O hamster chinês chamado "Lanche"! Nome sugestivo pra um gato né?!

Abraços e um ótimo final de semana!
Laurence Esgalha



22 de set. de 2011

Chinese Li Hua - Gatos de Raça


O Chinese Li Hua é a mais nova raça de gato reconhecida pela CFA (Cat Fanciers’ Association), para participação em exposições.


Na verdade, o Chinese Li Hua é uma das mais antigas raças de gatos domésticos conhecidas e, como o próprio nome já diz, evoluiu ao longo de centenas de anos na República Popular da China e são tidos como bons caçadores.


Dizem que o Chinese Li Hua é um descendente auto-domesticado da sub-espécie Chinese Mountain Cat, também chamado de Chinese Desert Cat (Gato Chinês da Montanha/Deserto), um felino selvagem que habita o oeste da China, Mongólia e Tibet.


Também conhecido como Dragon Li cat, Li Hua Mao cat, o Chinese Li Hua nunca havia sido visto fora da China até fevereiro de 2010, quando foi apresentado na reunião do Conselho da CFA, que reconheceu a raça.



Aparência

O Chinese Li Hua é um gato de porte médio, forte, com corpo musculoso, que até lembra o porte dos gatos Bengals.


A raça tem uma única cor, que é a brown mackerel tabby, como os exemplares das fotos que ilustram este texto.



A pelagem é ticada, cada pelo deve ter raiz preta, cor mais clara no meio e cor marrom na ponta do pelo. Pelo padrão da raça, as listras devem apresentar um constraste acentuado em relação à cor de fundo.


A raça não apresenta sub-pelo, sendo assim, é mais sensível a baixas temperaturas.


Os olhos são grandes, em formato amendoado, com os cantos externos ligeiramente mais altos. Podem ser verdes, amarelos ou marrons.





Saúde e Predisposição a Doenças

Trata-se de uma raça naturalmente saudável, sem nenhum problema de saúde conhecido.


Uma peculiaridade da raça é que o filhote demora cerca de três anos para alcançar a maturidade.



Cuidados

É um gato de manutenção fácil, basta uma escovação semanal, além dos cuidados de rotina, como corte de unhas e limpeza de ouvidos, além dos cuidados básicos com a saúde, como a vermifugação regular e vacinações periódicas.


Temperamento/Comportamento

O Chinese Li Hua é um gato amigável e fácil de ser manipulado, bastante inteligente, leal ao dono e independente. Adora brincar, convive bem com crianças e tolera bem a presença de cães e outros gatos.


Eu escolhi falar desta raça, mais como curiosidade, por ser ainda muito rara, mesmo nos EUA, que é o “país dos gatos”, há pouquíssimos exemplares, o que significa que demorará muito até chegarem ao Brasil, não encontrei nenhum gatil que já esteja criando a raça.


Pra ser absolutamente sincera, olhando as fotos de exemplares, não consegui encontrar muitas diferenças entre o Chinese Li Hua e os gatos tigrados SRDs que vemos com frequência por aqui. Portanto, se você gostou da raça e gostaria de ter um tigradinho desses, a sugestão que dou é que dê uma espiada no site da Adote um Gatinho. Lá tem vários gatinhos tigrados, que não ficam a dever nada para os chinesinhos e que ainda vai te amar para sempre, por você ter-lhe dado um lar!



Um abraço,

Heloisa.
twitter: @all_breeds



21 de set. de 2011

ODE AO GATO - Gato do Livro



Pablo Neruda - Tradução: Eliane Zagury


ODE AO GATO


Os animais foram
imperfeitos,
compridos de rabo, tristes
de cabeça.
Pouco a pouco se foram
compondo,
fazendo-se paisagem,
adquirindo pintas, graça vôo.
O gato,
só o gato apareceu completo
e orgulhoso:
nasceu completamente terminado,
anda sozinho e sabe o que quer.


O homem quer ser peixe e pássaro,
a serpente quisera ter asas,
o cachorro é um leão desorientado,
o engenheiro quer ser poeta,
a mosca estuda para andorinha,
o poeta trata de imitar a mosca,
mas o gato
quer ser só gato
e todo gato é gato do bigode ao rabo,
do pressentimento à ratazana viva,
da noite até os seus olhos de ouro.


Não há unidade
como ele,
não tem
a lua nem a flor
tal contextura:
é uma coisa
só como o sol ou o topázio,
e a elástica linha em seu contorno
firme e sutil é como
a linha da proa de uma nave.
Os seus olhos amarelos
deixaram uma só
ranhura
para jogar as moedas da noite.


Oh pequeno imperador sem orbe,
conquistador sem pátria,
mínimo tigre de salão, nupcial
sultão do céu
das telhas eróticas,
o vento do amor
na intempérie
reclamas
quando passas
e pousas
quatro pés delicados
no solo,
cheirando,
desconfiando
de todo o terrestre,
porque tudo
é imundo
para o imaculado pé do gato.


Oh fera independente
da casa, arrogante
vestígio da noite,
preguiçoso, ginástico
e alheio,
profundíssimo gato,
polícia secreta
dos quartos,
insígnia
de um
desaparecido veludo,
certamente não há
enigma na tua maneira,
talvez não sejas mistério,
todo o mundo sabe de ti e pertences
ao habitante menos misterioso
talvez todos acreditem,
todos se acreditem donos,
proprietários, tios
de gato, companheiros,
colegas,
discípulos ou amigos do seu gato.


Eu não.
Eu não subscrevo.
Eu não conheço o gato.
Tudo sei, a vida e o seu arquipélago,
o mar e a cidade incalculável,
a botânica
o gineceu com os seus extravios,
o pôr e o menos da matemática,
os funis vulcânicos do mundo,
a casca irreal do crocodilo,
a bondade ignorada do bombeiro,
o atavismo azul do sacerdote,
mas não posso decifrar um gato.
Minha razão resvalou na sua indiferença,
os seus olhos têm números de ouro.




Se nem o Grande Pablo Neruda podia decifrar os gatos, como nós, meros mortais poderemos?? rs


Adoro este poema, acho que não há definição mais perfeita aos gatos do que esta. E é por todos esses motivos que nós os amamos tanto, não é? rs


Laura
www.gatosnabiblioteca.blogspot.com
twitter: @GatosBiblioteca




Entendendo o comportamento do gato

Na era digital nós conseguimos nos comunicar com indivíduos nas mais remotas áreas do mundo, com diferentes línguas e dialetos.

Inventaram-se outras formas de comunicação como o braile e a libra para falar e se fazer compreender. Mesmo com esse desenvolvimento e novos recursos, ainda estamos “comendo bola” quando o assunto é entender a mensagem do gato que mora na nossa casa.

A maioria das queixas de problemas comportamentais é consequência de restrições da vida doméstica, impostas a uma espécie que não é verdadeiramente domesticada e também de uma má interpretação do proprietário do comportamento felino.

É importante compreender o comportamento felino para saber lidar com ele, seja na criação ou no trabalho do veterinário.

Na vida selvagem, os gatos vivem em grupos familiares e têm muito pouco contato com gatos estranhos. Eles caçam sozinhos e quando estão caçando, eles objetivam minimizar ao máximo qualquer interação com outro felino. Por esse motivo, a maioria dos sinais comportamentais do gato tem a intenção de aumentar a distância entre os indivíduos e aqueles sinais que encorajam a interação são reservados aos membros do grupo.

A sociedade felina é matriarcal, com fêmeas parentes mais velhas cuidando das crias umas das outras e defendendo os indivíduos do grupo. Sem a presença de uma rede hierárquica, como em casos de residências com vários gatos não parentes, a estabilidade do grupo depende dos comportamentos cooperativos, como lambedura mútua e o ato de se esfregarem.

Lambedura mútua:
Geralmente é vista em gatos que estão descansando juntos e parte dos dois indivíduos. Além de promover o fortalecimento de laços entre os membros do grupo, esse comportamento também é visto entre indivíduos que tiveram um desentendimento recente, como se estivessem fazendo as pazes.

Esfregando um no outro:
Esse comportamento visa misturar o cheiro e a troca carinho (sinal tátil). Ele parte de um indivíduo (geralmente do mais fraco) e pode demonstrar um reconhecimento da posição hierárquica do outro, como:

- Gatinhos se esfregam em todo mundo, com menor freqüência em machos adultos.
- Jovens se esfregam em fêmeas adultas.
- Fêmeas adultas se esfregam entre si e, ocasionalmente, em machos adultos.

O gato aproxima-se com o rabo levantado na intenção de se esfregar e o que vai acontecer a partir daí depende do gato receptor. Se o mesmo levantar o rabo, está demonstrando que permite o comportamento e então eles começam a se esfregar. Se o receptor não levantar a cauda, pode ainda permitir o comportamento, mas a iniciativa de aproximação deve ser do outro gato.

Esse comportamento é o mais visto entre gatos e humanos. Em caso de humanos, esse comportamento intenciona misturar os cheiros, transferindo para o dono o seu cheiro e assim permitindo o reconhecimento daquele indivíduo como membro do grupo social. Esse comportamento também é reconhecido pela intenção do gato em uma resposta do dono, como ser alimentado naquele instante.


CANAIS DE COMUNICAÇÃO:


É importante compreender os canais de comunicação do gato, que são:

- Comunicação olfatória (esfregando odores de glândulas, arranhando, marcando com urina, defecando)
- Comunicação Vocal
- Linguagem corporal (expressões faciais, posições do rabo)

Na comunicação olfatória o gato tem a intenção de se comunicar com outros indivíduos sem necessariamente ter contato com eles. Nesse sentido, o gato é altamente capacitado a enviar e receber mensagens por cheiros devido à presença de diversas glândulas pelo corpo e através do uso do órgão vomeronasal que vai interpretar esses odores.

Esfregando odores de glândulas e arranhando locais:
As maiores áreas de localização das glândulas produtoras de odores em gatos são a face, os flancos e a base da cauda, porém alguns gatos também apresentam glândulas nas palmas.

Os odores produzidos são únicos e permitem que um gato identifique outro do seu grupo social ou não.

Os gatos utilizam desses odores para marcarem seus territórios, como em cercas, móveis e até sacolas e novos objetos trazidos para casa. Os gatos também se esfregam na sola dos sapatos dos donos quando esses retornam para casa, devido à grande quantidade de odores que este trouxe da rua. A produção e o depósito desses odores estão diretamente relacionados com a socialização de uma interação social e com a familiarização com o ambiente.

Comercialmente são produzidos análogos de frações dos ferormônios F3 (Feliway) e F4 (Felifriend) e utilizados na prevenção e tratamento de certos problemas comportamentais.

Quando o gato arranha, ele está expressando um comportamento tanto funcional quanto de marcação. Nesse comportamento o gato está alongando os músculos e tendões para a caça, depositando odores que são produzidos nas suas palmas e deixando um sinal visual de sua presença, que é a arranhadura vertical.

Marcação com urina:
O uso da urina como marcador é comum na espécie felina e esse comportamento geralmente é realizado com o animal em pé. O nome “spraying” vem da posição característica do gato que se posiciona de costas para a área vertical a ser marcada e lança jatos de urina na horizontal.

Alguns gatos podem realizar esse comportamento em uma posição agachada, mas, independente da posição adotada, todo gato em algum momento da sua vida utiliza da marcação por urina e a maioria desses o faz de forma regular em ambientes fora de casa.

Não é um comportamento exclusivo de gatos machos e gatos de ambos os sexos ainda podem expressar depois de castrados. Um dos propósitos da marcação com urina no ambiente externo é de elaborar um sistema que assegura que o território de caça não esteja superlotado. Esse comportamento vai minimizar o risco do contato e confronto com um indivíduo desconhecido.

A marcação por urina também objetiva o sinal de disponibilidade para o acasalamento. Nesses casos a urina das fêmeas no cio apresenta um odor especial que informa o status sexual e nível de receptividade ao macho. Quando os gatos são castrados, esse comportamento (com esse objetivo) geralmente não acontece mais. Para evitar o surgimento de problemas comportamentais associados com essa forma de comunicação, machos e fêmeas devem ser castrados antes da puberdade.

Quando esse comportamento é observado dentro de casa, pode estar associado a uma tensão de grande estresse sofrido pelo gato (p. ex. a ameaça de outros gatos da vizinhança) como uma forma de comunicação quando outras formas falharam ou um comportamento aprendido para ganhar a atenção do dono.

Defecando como forma de comunicação:
Como a marcação pela urina, os gatos podem se comunicar com outros gatos usando suas fezes. Nesse sentido, eles as depositam deliberadamente em locais com o objetivo de passar uma mensagem. Esse comportamento geralmente é visto nas margens do território. Quando o gato defeca com esse objetivo, as fezes estarão aparentes.

É isso aí gente... Quando se trata de comportamento felino, há muito que se falar.

No próximo artigo falaremos um pouco mais sobre o comportamento felino, como a vocalização e posições do corpo e cabeça, para então podermos abordar os principais problemas comportamentais, como evitar e como tratar.

Um abraço a todos.

Alice Ribeiro
diarioveterinaria.blogspot.com
twitter: @alicevet




Os gatos adoram prateleiras e escalam qualquer coisa, desde móveis até pessoas. Que tal ir um pouco além?


Prateleiras foram uma sugestão dada na primeira coluna daqui, agora vamos incrementar essa idéia.


Por que não abrir “passagens secretas” entre cômodos? Faça o caminho de prateleiras e em uma delas uma passagem para o cômodo ao lado com mais prateleiras para eles descerem.

http://www.dezeen.com/2011/06/23/the-cat-house-by-key-operation/
http://www.thecatshouse.com/
http://www.dezeen.com/2011/06/23/the-cat-house-by-key-operation/
Sabe aqueles ambientes da nossa casa que a gente quer deixar a porta fechada, mas sabe que nossos amigos não vão gostar? Essa é uma boa solução! Além da diversão para eles, praticidade para nós.

http://sensiblekitty.wordpress.com/2008/11/25/inspiration-cat-house/

Só não esqueça de consultar um arquiteto ou engenheiro antes de sair perfurando as paredes da sua casa, ok?


Fernanda Frias
twitter: @a_fepa




Nem só de grandes gatos vive o mundo dos felinos selvagens! O gato em foco desse mês é o lindo, mas pouco conhecido, gato-do-deserto (Felis margarita), que junto com o gato-de-patas-negras, é o menor da espécie, chegando a apenas 60cm de comprimento e os machos adultos pesando não mais de 3,5kg - menores que muitos gatos domésticos (bom, pelo menos pra mim que tenho um Mainelata de 7kg)!


As orelhas enormes do gato-do-deserto servem
para a caça e também como ar-condicionado pessoal!
Foto: Bea
Como o nome indica, esses felinos são encontrados em áreas desérticas africanas: Saara, Marrocos, Egito, Sudão e Mauritânia. A pelagem espessa cor de creme ou amarelo bem pálido, com listras cor de ferrugem e as pontas das orelhas negras são a camuflagem perfeita para o ambiente árido e com pouquíssima vegetação onde vivem.


As orelhas são comparativamente grandes e, além da função óbvia de ouvir os mínimos movimentos das presas, também ajudam a regular a temperatura interna, pois perdem calor facilmente, refrescando o animal.


Uma característica única são as patas completamente cobertas por pelos (as "almofadinhas", ou "amendoins", não são visíveis), protegendo contra a areia escaldante durante o dia e as temperaturas baixas durante a noite, fazendo com que o gato-do-deserto seja completamente silencioso quando caça.


Os gatos-do-deserto não são adaptados a subir em árvores e obviamente são péssimos nadadores, mas são excelente cavadores, passando a maior parte do dia em buracos nas dunas de areia, saindo para caçar pela manhã ou no fim da tarde, quando as temperaturas são mais amenas. As presas mais comuns são roedores (gerbilos, ratos, lebres), pássaros, insetos e ocasionalmente pequenas cobras.


Como a maioria dos felinos, são caçadores solitários e chegam a andar até 5km todos os dias em busca de comida, mas não são territoriais - vários indivíduos podem morar no mesmo refúgio ou caçar no mesmo território, mas normalmente tem um sistema de "turnos", para evitar competição direta pela mesma presa.


O pelo é denso, protegendo das variações enormes
de temperatura entre o dia e a noite (foto: Dawn Edwards)
http://www.flickr.com/photos/57044614@N00/
Assim como os gatos domésticos, os gatos-do-deserto miam, ronronam e assopram, mas têm um chamado especial usado durante a época de reprodução, que mais parece um latido! A gestação dura entre 60 a 69 dias e nascem até 5 filhotes, que se tornam independente da mãe ao 3 ou 4 meses.

Em cativeiro esses felinos vivem até 13 anos.


Os gatos selvagens de pequeno porte são complicados para serem estudados no habitat natural, pelo próprio tamanho do gato e por causa das patas cobertas de pelo que praticamente não deixam rastros. Apesar de serem caçados por esporte, para serem vendidos como animais de estimação ou como alimento para outros animais, a grande maioria das sub-espécies de gato-do-deserto não estão ameaçadas de extinção. A única sub-espécie classificada como EN (em perigo) e provavelmente já extinta na natureza, é o gato-do-deserto paquistanês (Felis margarita scheffeli).


O gato-do-deserto pode ser pequeno e extremamente gracioso,
mas não é um animal doméstico! (foto: Dawn Edwards)
http://www.flickr.com/photos/57044614@N00/
Durante a pesquisa para a coluna infelizmente um dos zoológicos em Kent, que tinha não só gatos-do-deserto, mas também outros animais relativamente raros em cativeiro, teve de fechar as portas por problemas econômicos... Os animais todos felizmente já estão encaminhados para outros zoos na Europa, mas no momento parece que os pequenos felinos não têm o interesse do público em geral, que só querem saber de tigres, leões e leopardos. É uma situação triste na minha opinião, pois zoos menores ou mais especializados não sobrevivem, e qualquer plano de procriação em cativeiro (muitos visando a reintrodução a natureza de especies muito ameaçadas) fica comprometido.


Eu sei que muita gente é radicalmente contra zoológicos (claro que quando falo "zoológico" penso nos que têm condições adequadas aos animais), mas se deixados ao Deus-dará na natureza, milhares de especies já estariam mais do que extintas! O que vocês acham, sim ou não ao zoológicos?


Bea
twitter: @Foco_felino



6 de set. de 2011

Sphynx - Gatos de Raça

Origem

Em 1966, no Canadá, uma gata srd preta e branca teve um filhote sem pelos. O dono deu ao gatinho o nome de Prune (ameixa seca, em inglês). Seu dono o cruzou com outros gatos numa tentativa de se obter mais filhotes sem pelos. Como a ausência de pelos é característica de genes recessivos, alguns filhotes nasceram sem pelos, mas outros não.


Esses filhotes foram chamados de Canadian Hairless Cats (Gatos Canadenses sem Pelos), o nome Sphynx se deve ao fato de esses gatos serem parecidos com uma escultura de um gato do Antigo Egito chamada The Sphinx.


Entre 1975 e 1978, algumas mutações naturais de gatos sem pelos foram encontradas em Minnesota (EUA) e Toronto (Canadá). Esses filhotes chamados Epidermis, Punkie e Paloma foram cruzado com Devon Rex, que é uma raça com poucos pelos no corpo. A raça Sphynx traça sua história a partir dos descendentes dessas uniões. A raça foi reconhecida há mais de 20 anos e hoje existem milhares de Sphynxes registrados pelo mundo.


Aparência

O Sphynx não é totalmente pelado, ele possui uma camada de penugem fina espalhada pelo corpo, tanto que quem o toca tem a impressão de estar tocando um pêssego quente.


Todas as cores e padrões são aceitos e podem se apresentar em qualquer estágio da maturidade. Inclusive, podem apresentar coloração ponteada, como os Siameses. É um gato de estrutura bem desenvolvida e deve apresentar uma barriguinha, como se tivesse acabado de jantar. Os olhos do Sphynx são grandes e em formato de limão.


A maioria das pessoas pensa que, por ser “pelado”, o Sphynx é hipoalergênico e seria o gato ideal para pessoas alérgicas, mas isso não é totalmente verdade. Se a pessoa é alérgica a pelos, provalvelmente não terá grande problemas tendo um Sphynx, mas se a alergia for a saliva ou pele, terá problemas como com qualquer outro gato.


Saúde e Predisposição a Doenças

O Sphynx perde calor corporal com muita facilidade devido à ausência de pelos , além de ter sensibilidade extrema à anestesia, vacinas e pesticidas.


Assim como o Bengal, o Maine Coon, entre outras raças, eles têm maior propensão ao HCM (hipertrofia do músculo cardíaco). Inclusive, a Dra.Alice postou um ótimo texto sobre essa doença, aqui no Tudo Gato.


Cuidados

Muitas pessoas pensam que pelo fato de não terem pelos, os Sphynxes têm menos necessidade de banho que um gato “normal” e é justamente o contrário. Devido ao fato de não ter pelos, a oleosidade natural da pele não tem como ser absorvida e o Sphynx tem que tomar banho pelo menos uma vez por semana, para remover o óleo, que acaba pegando pó e sujeira. Por outro lado, alguns exemplares possuem a pele seca, com uma ligeira descamação, semelhante à caspa. É preciso usar um shampoo adequado ao tipo de pele do gato.


É imprescindível que tenha as unhas cortadas, caso contrário, ele acaba se machucando ao se coçar, além disso, as patas e os dedos precisam ser limpos.


A questão da oleosidade na pele é tão séria que, há algum tempo atrás, a Bea me enviou o link de um blog onde havia sido postada a foto de uma parede com uma mancha marrom de tamanho considerável, porque um Sphynx se deitava encostado nela. Procurei a página, mas não encontrei, de qualquer forma, o endereço do blog é este:
http://www.sphynxcatblog.com/?s=oily+stain+in+the+wall

É normal que o Sphynx tenha secreção ocular, então os canais lacrimais precisam ser limpos, assim como as orelhas.


É preciso que se tenha muito cuidado com o sol, porque a pele do Sphynx é sensível e pode se queimar. No inverno, também é preciso atenção, para evitar a perda de calor, que é uma tendência da raça.


Esses cuidados básicos, além da alimentação adequada são imprescindíveis à saúde do gato.


É também imprescindível que, a pessoa que adquira um gato desses, esteja ciente dos cuidados dos quais ele necessita e se responsabilize por eles.


Temperamento/Comportamento

O Sphynx está entre as 10 raças de gatos mais amigáveis e simpáticas.


Eles têm nível de atividade alto, são inteligentes, gostam de brincar, são extremamente apegados ao dono, apreciam colo e – milagre! - gostam de receber visitas. Convivem bem com cães e outros gatos, mas preferem a companhia humana, tanto que gostam de colo e adoram dormir com seus humanos, o que é bastante conveniente, já que precisa se manter aquecido.


Eles costumam procurar lugares mais quentinhos para se deitarem, como monitores de computador (os de tubo, é claro), TVs, etc.


O interessante nessa raça é que, à primeira vista, poucas pessoas se encantam por esses peladinhos, mas depois que veem pela segunda, terceira vez, já começam a achá-los charmosos. Daí, pra caírem de amores por eles, é rapidinho.


De qualquer forma, volto a dizer que os interessados em terem um peladinhos precisam estar conscientes de que não são só os gatos peludos que dão trabalho.



Um abraço,
Heloisa.
twitter: @all_breeds

Fonte: TICA, CFA





Noutro dia, assistindo ao "Vídeo Show", vi Paola Oliveira falando sobre seus gatos... Aquela declaração me fez brotar a esperança de conseguir uma entrevista com ela, imaginando que você, que sempre nos acompanha, poderia achar um papo com a Paola algo, no mínimo, bem interessante.


Paola Oliveira está numa gradativa ascensão em sua carreira como atriz. Ganha destaques em filmes, seriados, campanhas publicitárias, programas de TV (como há poucas semanas no Arquivo Confidencial do Faustão, onde pudemos conhecer mais de sua história) e novelas, como na última novela das 09h, na qual protagonizou brilhantemente a personagem Marina Drumond.


Bem, voltando ao assunto dos gatos, já que pra falar da história dela muita gente fez isso por nós... Confesso que me surpreendi ao ver a quantidade de citações em sites e blogs sobre o amor da Paola aos seus gatos. Não que artistas não tenham gatos, mas parece que poucos têm a oportunidade de declarar o amor aos seus pets. Notamos que a Paola criou essas oportunidades em algumas situações, por isso insistimos em conseguir essa entrevista para vocês.


Ouvimos muito falar que ela é uma pessoa extremamente simpática e atenciosa com todos, e foi exatamente assim ao nos responder essas perguntas!
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Tudo Gato: O que todos querem saber, pra começar, é quantos gatos você tem e o nome deles!

Paola Oliveira: São 6 gatinhos. Dois gatos Pessoa e Bento, e quatro gatinhas Blanche, Shitara, Fortuna e Mel.


Foto: Arquivo Paola Oliveira
TG: Por que não tem graça ter apenas um gato em casa?

Paola Oliveira: Não diria que não tem graça ter um só, mas gato é um bichinho tão apaixonante que é difícil ter só um. São inteligentes, graciosos, carinhosos e super fáceis de cuidar. São independentes na medida certa.


TG: Soubemos que tem uma predileção por gatos SRD (aqueles de rua mesmo). É verdade? Acha importante a questão da adoção de animais?

Paola Oliveira: Sou apaixonada por todos os animais. Sempre tive cachorro e descobri os gatos ha menos tempo. Mas minha predileção pelos de rua é pela alegria de poder ajudar. São os mais necessitados, fora que são super inteligentes. Para alguém que quer um bichinho de estimação e ainda quer fazer uma boa ação, é uma opção mais do que feliz. Outra ajuda pode ser, de repente, uma visita a um lugar desses de doação de animais. Se a pessoa não puder ter um em casa,  contribuiria para a castração de um bichinho, ou somente carinho mesmo. Acho especialmente importante para as crianças aprenderem, desde cedo, a importância do respeito com os animais e com a vida. Sem dúvida seremos melhores com os seres humanos também


TG: Contei para uma amiga veterinária (Dra. Alice) que faríamos uma entrevista com você. Ela ficou muito contente e pediu pra lhe perguntar se leva os bichanos com frequência ao veterinário, qual a importância disso e se você não gostaria de contratá-la como vet particular (essa última parte foi de brincadeira rs).

Foto: Arquivo Paola Oliveira
Paola Oliveira: Hahahaha adoraria ter uma veterinária particular para eles. Bom, é claro que é muito importante leva-los ao veterinário, principalmente no início. Assim que peguei os bichanos, levei-os para castrar, que acho importantíssimo para deixá-los soltos em casa sem perigo de reprodução. Vacinei e depois eu mesma aprendi a cortar as unhas e até banho conseguimos dar em casa. Mas nada como um cuidado veterinário, que é totalmente diferente né.


TG: Qual característica você mais admira nos gatos?

Paola Oliveira: Todas hahaha!!! Brincadeirinha, acho que falei várias já, mas todos acham que são bichos impessoais e nojentos, mas não, são independentes e carinhosos ao mesmo tempo. E para mim são parecidos com qualquer outro animal, que adquire as caraterísticas do dono. O que é muito legal né.


TG: Se namorasse com um "gato", que não gosta de gato, você abriria mão de qual dos dois gatos?!

Paola Oliveira: hahahah Gato que é gato mesmo, iria dar um jeito de conviver em harmonia com os bichanos. Como o meu Gatão.


TG: Conte alguma situação interessante ou engraçada que presenciou com seus gatos!

Paola Oliveira: Eles são ótimos para se meter em confusões. Entram com a porta de vidro fechada, são várias vídeo-cassetadas, uma das gatinhas tem certeza que é um cachorro, heheh. Aliás,  meu cachorro, um boxer, convive super bem com todas elas. Mas a Fortuna se apaixonou por ele, dormem no mesmo lugar, senta como cachorro e me acompanha até em pequenas caminhadas. É engraçado. São super ciumentos e dormem nos lugares mais improváveis. Em cima do teclado de computador, ficam sempre trancados dentro de armários, etc.


TG: Como artista em evidência, muitas pessoas se espelham em você e certamente vão considerar as coisas que falou aqui. Acha que os artistas podem fazer a diferença na opinião da sociedade, ou seu testemunho a favor de causas como o "meio ambiente", por exemplo, se perderiam com o tempo?

Foto: Arquivo Paola Oliveira
Paola Oliveira: Causas como a do meio ambiente nunca vao se perder com o tempo, pelo contrário, vão ficar cada dia mais em evidência. E sou a favor de que todas as pessoas, independente de ser artista ou não, entendam a importância não só dos animais, mas do meio ambiente e da importância que tem tudo isso na nossa vida. Se cada um de nós fizermos um pouco e influenciarmos uma pessoa sequer, acredito que será um ótimo início para um mundo melhor e seres humanos melhores.


TG: Poderia deixar um recado para seus fãs, que estão lendo agora esta entrevista aqui no Tudo Gato?

Paola Oliveira: Deixo meu carinho enorme a todos os fãs por tudo. Que vocês possam curtir a sensação de fazer o bem e ainda receber  carinho incondicional de um bichinho. Tenho muito orgulho de poder ser ouvida e, de alguma forma, ser uma influência bacana para todos vocês. Ah! e para ajudar não precisa adotar, mas, tratar melhor os que vocês já conhecem ou já tenham e falar isso para outras pessoas. Castrar os bichinhos, principalmente os que vierem da rua, isso também é muito importante. E não é maldade não, pelo contrário, ajudamos a diminuir a população de bichinhos e assim mais pessoas podem adotar os que já existem. E muito, muito obrigada pelo espaço para falar uma coisa tão pessoal, mas que me dá  tanto prazer e me faz tão feliz.

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Como fã dessa carismática atriz desde a novela "O Profeta" (ok, ok... Eu assisti a novela, assim como várias outras! Ainda bem que estamos num mundo moderno e vários homens podem afirmar que assistem novela! rs), resolvi sair em busca do contato dela com sua assessoria de imprensa. Achei um caminho mais curto ao conversar com a Betinha, presidente do fã clube oficial da Paola. O "We Love Paola Oliveira". Poderão conferir o trabalho delas aqui: http://fcowelovepaolaoliveira.blogspot.com/ O pessoal do fã clube nos ajudou bastante! Obrigado gente!

Foto: Arquivo Paola Oliveira
Agradecemos MUITO a assessoria da Paola, por nos atender tão bem e facilitar a comunicação com ela.

E finalmente a Paola, que deixou-nos boquiabertos com sua simplicidade e bom humor nesse sonho de entrevista.


Você cat lover e fã da Paola, esperamos que tenha gostado de saber mais detalhes sobre particularidades dela, que nos prestigiou com revelações sobre seu afeto aos nossos queridos GATOS!

Deixe seu comentário aqui!


Abraços,
Laurence Esgalha - Tudo Gato



2 de set. de 2011

Simon's Cat in 'Cat & Mouse'

Mais um filme de "Simon's Cat" para não cansarmos de assistir!

Em cenas simples, do cotidiano nosso com nossos gatos, Simon nos entretém de forma muito envolvente! Espero que gostem tanto quanto eu! XD






Abraços gente!
Laurence Esgalha



Quem for à Bienal do Livro no Rio de Janeiro poderá comprar "O Livro dos Gatos", que traz histórias de amor entre o homem e o animal! E o bacana é que parte da renda do livro vai para duas ONGs de amparo ao animal. Uma no Rio de Janeiro - O Projeto Gatos Encantados - e outra em São Paulo - A Confraria dos Miados e Latidos.

“O Livro dos Gatos” de Estevão Ribeiro fala sobre diversos temas relacionados ao convívio entre pessoas e animais nas cidades, como abandono, adoção, segurança, morte e cooperação.

Veja mais informações de como ajudar no blog da Laura! >>  http://gatosnabiblioteca.blogspot.com/2011/09/compre-um-livro-e-ajude-um-animal.html

Vamos ajudar gente! Muitos bichinhos podem se beneficiar e você ainda terá um livro muito bonito para ler!

Abraços povo!!!
Laurence Esgalha




O assunto de hoje me agrada muito já que vai de encontro com algo que gosto tanto quanto felinos e o “universo nerd”: a Cultura Oriental.


Foto: http://www.petiteplanet.net/constellation/?p=407
A relação dos gatos com os povos asiáticos vem de longa data; mesmo os primeiros monges budistas já veneravam os gatos, pois atribuíam a eles uma capacidade de concentração elevada que podia ser comparada àquela alcançada através da meditação profunda.  Na China era bastante comum a utilização de pequenas estátuas de felinos com o intuito de afastar os maus espíritos.


Dentro desse contexto há um importante e bastante conhecido amuleto chamado Maneki Neko. O gato com a pata levantada que pode ser encontrado frequentemente nas entradas de estabelecimentos comerciais ou mesmo em algumas residências é um símbolo notável de sorte ou fortuna na cultura nipônica.


Mas de onde teria surgido essa ideia?


Há várias lendas contando a origem do Maneki Neko, sendo que uma das mais populares é a do Templo Goutokuji. A história, datada do século XVII, conta que havia um templo em Setagaya em situação muito precária financeiramente e os monges já estavam passando fome. Um dos monges tinha uma gata chamada Tama e apesar da dificuldade pela qual passava sempre achava um meio de alimentar o bichano. Foi então que um samurai chamado Naotaka Li passou próximo ao templo enquanto voltava de sua caça quando foi surpreendido por uma forte tempestade. Para tentar se proteger da chuva se abrigou debaixo de uma árvore e ao olhar na direção da entrada do templo vislumbrou Tama com a pata dianteira levantada como se acenasse pra ele. Curioso e muito surpreso com a habilidade do gato se aproximou de Goutokuji e quando se afastou da árvore esta foi atingida por um raio fulminante.


Aliviado e certo de que sua vida havia sido salva por Tama, Naotaka entrou no templo para rezar em agradecimento e logo ao entrar notou a pobreza e a condição lamentável em que se encontrava o mesmo e resolveu doar todo o dinheiro que levava consigo para recuperar o local.


Assim o templo passou a ser frequentado por todo o povo de Goutokuji trazendo prosperidade. Também foi esculpida uma estátua da gata reproduzindo seu gesto de modo a homenageá-la.


Mas é de se pensar: estaria mesmo o gato acenando para o samurai?


Pesquisando mais a fundo descobrimos que a história tem fundamento.  Sabemos o quanto estes pequenos felinos são sensitivos e têm uma percepção aguçada. São capazes de sentir antes dos humanos a aproximação de pessoas e até mesmo da chuva. Essa sensação de mudança na sua “rotina” os deixa inquietos e é então que começam a dar voltas e a esfregar o próprio rosto porque assim eles ficam mais tranquilos. O gesto se assemelha a um aceno o que pode vir a explicar a origem da lenda e da crença.


O Maneki Neko costuma usar uma coleira vermelha com um sino e pode ser de diversas cores, cada uma com um significado: branco (pureza), preto (saúde e espantar maus espíritos), vermelho (proteção, espantar maus espíritos e saúde), dourado (riqueza), rosa (amor), roxo (força artística) e verde (força nos estudos).


E você? Acredita que o gatinho possa trazer sorte ou até mesmo dinheiro?

Conhece alguma outra lenda oriental envolvendo gatos?

Compartilhe com a gente.

Alison
twitter: @menino_magro



 
Não escondo de ninguém que sou APAIXONADO por História em Quadrinhos (HQ). Minha predileção no mundo artístico é assim... Tudo representado por figuras, com ou sem balões de fala, dentro de quadros que contam uma história.

Foto: Arquivo de Paulo Back
O entrevistado de hoje tem TUDO a ver com HQs e com GATOS!

Paulo Back! Roteirista e quadrinista dos Estúdios Maurício de Sousa. Isso mesmo! Aquele da Turma da Mônica que você sempre lê!

Um outro motivo para trazermos essa entrevista, é para comemorarmos o lançamento do livro MSP Novos 50. É o terceiro livro do projeto MSP 50, que começou em 2009, para homenagear os 50 anos de carreira de Mauricio de Sousa e será uma das grandes atrações da Bienal do Livro que começa hoje no Rio!

O livro traz histórias de vários artistas representando, em seu próprio estilo, os personagens de Mauricio de Sousa nessa bela homenagem em forma de arte!

Além do mundo dos quadrinhos, Paulo Back é um artista completo! Mostra diariamente em redes sociais que tem grande afinidade com a música e outras formas de arte.

Agora, para ficarem fãs DE VERDADE do cara: Ele é um legítimo "Cat Lover" e defensor dos animais.

Confira a entrevista!


Tudo Gato: Paulo, tem pessoas que falam que "homem de verdade gosta é de cachorro"! Como um cara, roqueiro como você, começa a gostar de gatos?

Paulo Back: Não vejo porque. Gatos são independentes, caçadores, noturnos e mandões. Tem coisa mais roqueira do que essa?
Na verdade não sei de onde vem essa fábula de que homem gosta de cachorro e mulher de gato. É bobagem. Acho que a postura está mudando. Assim como na Europa e EUA, os gatos começam a tomar o lugar dos cães. Pessoas passam a viver em apartamento, não tem tanto tempo nem disponibilidade para agradar um bicho. Gatos se adaptam a esse tipo de vida. Cachorros necessitam de mais trabalho e atenção.


TG: Assim como você, muitos artistas e escritores preferem os gatos. Como é o caso de John Lennon, Laerte, Ferreira Gullar entre outros. Por que os artistas atribuem a preferência por gatos ao seu trabalho?

Paulo Back: Não sei... será a aura de mistério? Cachorros são esportistas, gatos são artistas. Acho que é por aí. Enquanto cães pedem atenção, o gato se contenta em ficar na mesa, olhando vc trabalhar, e de vez em quando dá um cabeçada ou tenta roubar o seu lápis.


TG: No twitter, nos disse que fazia roteiros para as histórias do Mingau, gatinho da Magali. Isso tem a ver com sua convivência com gatos? Faz histórias de outros personagens também?

Paulo Back: Sim. O Mingau é o 'gato' por excelência. Já sofria inspirações e aspirações dos gatos de casa. Mesmo quando tinha só um. Daí minha mulher, que adora gatos também, começou a trazer filhotes pra casa e hoje temos uma coleção de gatos. O temperamento do Mingau é o de um felino. Não é um personagem humanizado. Tanto que ele sabe o que a Magali diz, mas Magali 'tenta' adivinhar o seu diálogo. Acho que tudo que tem num gato, também está no Mingau, inclusive a teimosia e o exibicionismo.
Quanto aos outros personagens, sim. Temos que fazer historias de todos. Captar a essência e características de cada um. Alguns já vêm prontos, outros ajudamos a desenvolver, de acordo com a experiência de cada um. Mas tudo passa pela mão do Mauricio. Ele lê todos os roteiros, faz reuniões e assinala para onde devemos ir. Ele é o pai dos personagens.



TG: Nos disse também que já ilustrou diversas histórias. Conta pra gente como é isso nos Estúdios do Maurício de Sousa! Cada artista desenha um personagem ou há uma "rotatividade"? Quais histórias já ilustrou?

Paulo Back: Alguns sim, mas não foi um trabalho de ilustração como os desenhistas e arte finalistas fazem. Eu simplesmente dou uma capricada no desenho do roteiro, e de acordo com a aprovação do Mauricio, ele indica que o desenho deve pular a etapa final e ir direto para a cor. Ou seja, o desenho do roteiro é publicado do jeito original.
Uma que saiu do jeito que foi desenhada, foi a historinha 'O Lobisomem', que saiu ha poucos meses. Teve uma coloração nos moldes europeus e causou um certo burburinho por aí, ja que fugiu completamente do estilo da casa.
Mas outras têm também o meu desenho, na maioria dinossauros, bichos, heróis... que não sejam os personagens da casa, pois estes os desenhistas e arte finalistas é que dominam a técnica.


TG: Você tem personagens próprios?

Mingau boneco e Mingau 'real'.
Paulo Back: Tinha quando era criança. Hoje o mundo gira em cima dos personagens do Mauricio. Somos ( roteiristas ) as babás dos personagens do Mauricio. Responsabilidade grande.


TG: Você tem quantos gatos? Qual o nome deles?

Paulo Back: Vários... Some have gone and some remain. Yule, Ganesh, Vishnu, Krishna, Gaya, Kali, Brahma, Mina, Sabbat e Lune. Nos deixaram Wicca, Shiva, Samhein e Githa... ( minha esposa sempre coloca apelidos engraçados, então muitos a gente acaba nem chamando mais pelos nomes )


TG: Poderia relatar alguma situação muito engraçada que tenha vivido com seus bichanos?!

Paulo Back: Putz. São tantas. A maioria sempre acaba virando historinha do Mingau, como a hora da atacação. Saem correndo pela casa levando tudo junto. Tem os sustos. Teve um que levou uma picada de abelha no beiço, um que vomitou na cabeça do outro... Talvez a mais engraçada seja uma vez que estava sozinho em casa, tudo muito escuro e ouço uma voz tenebrosa me chamar... Pawwwllloooo.... Arrepiou os cabelinhos. Olhei para tras e não era fantasma nenhum... Era o Brahma, grunhindo porque ia vomitar. pawlllooooobrléeéé´...


TG: Várias vezes vemos manifestações suas a favor dos animais. Por que acha essa causa tão importante?

Paulo Back: São nossos vizinhos na terra. Dividimos o mesmo espaço. Merecem todo o nosso respeito. Não há porque tratar um animal como objeto ou algo criado para nos servir. Sentem frio, sede, fome... E principalmente dor. É cruel ver como os tratamos sem sensibilidade alguma.


TG: Finalizando! Manda uma mensagem para nossos leitores e seus novos fãs! Muito obrigado Paulo!


Paulo Back: Não deixem a crinança interior morrer nunca. Trabalhem como adultos, mas vivam como crianças.


Paulo Back é um cara extremamente carismático e nos deixou explodindo de felicidade ao aceitar nosso convite para esta entrevista.

Acompanhe o Paulo Back no twitter @pauloback

Esperamos que tenham gostado! Comentem aí!



Abraços a todos!
Laurence Esgalha



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