Por Cassia Rabelo Cardoso dos Santos, adestradora e consultora comportamental da equipe Cão Cidadão.


Passear com o gato usando coleira e guia pode parecer uma ideia totalmente sem sentido para os mais desavisados. Mas está cada vez mais fácil se deparar com uma situação dessas no dia a dia.

Assim, antes de pegar uma coleira e guia, e sair para dar umas voltas na rua com o bichano, é preciso tomar alguns cuidados para evitar problemas, como fugas, pavor excessivo e até acidentes.

Em razão da natureza mais independente dos felinos domésticos, pode não ser nada fácil colocar uma coleira neles. Aliás, esse é um item muito importante: deve ser providenciado equipamento próprio para gatos, que consiste em uma espécie de peitoral melhor adaptada a sua anatomia, com um laço que fica ao redor do pescoço, outro ao redor do tórax e, nessa parte, prende-se a guia propriamente dita. 

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Para que o gato se acostume a ter esse equipamento em seu corpo, o ideal é começar apenas brincando com a coleira, sem ainda prendê-la no felino. Fazer associações positivas com recompensas saborosas ou brincadeiras que o gato adore são medidas que ajudarão na adaptação.
Só se deve realmente colocar a coleira e a guia no gato quando ele já não demonstrar mais sinais de que se incomoda com esses itens. Uma tentativa de pular etapas nessa fase, ou seja, colocar a peitoral e já sair para a rua, pode levar o bichano a se assustar de tal forma que dificilmente aceitará usar a coleira no futuro. Afinal, ninguém (muito menos o gato) gostaria de um passeio assim:



Quando o bichano já estiver habituado à guia, é hora de explorar novos ambientes. O ideal é começar em locais pouco movimentados e sem muitos estímulos. O hall do prédio, por exemplo, é um bom ambiente para iniciar.

Lembrando que gatos são animais que necessitam estar à vontade nos lugares, para que possam dar vazão a seus comportamentos naturais. Assim, se ele estiver apavorado com o novo local a ser explorado, a experiência não será boa. Observando que isso está ocorrendo, o ideal é voltar um passo atrás, ou seja, diminuir os estímulos que estão deixando o gato inseguro.
Por isso, o recomendado é ir aos poucos, deixá-lo ficar totalmente à vontade em um local determinado, para somente então levá-lo a outro, com sessões curtas no início. Quando o gato estiver demonstrando segurança e curiosidade natural em relação aos novos locais, pode-se avançar um pouco mais, em lugares com mais estímulos visuais e sonoros.

É importante mencionar que nem todo o gato será capaz de lidar com essa situação: caminhar tranquilamente estando contido por uma guia, especialmente aqueles com temperamento mais medroso ou inseguro.

Mas gatos mais confiantes podem realmente aproveitar um bom passeio em um domingo de manhã, como no vídeo abaixo:

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Criada por Alexandre Rossi, a Cão Cidadão atua há mais de 15 anos com adestramento e comportamento animal. Oferece adestramento em domicílio, consultas comportamentais, além de uma agenda mensal de cursos e palestras. Tudo isso com muito amor e respeito. Para saber mais sobre a Cão Cidadão, entre em contato com a Central de Atendimento pelo telefone (11) 3571-8138 ou acesse www.caocidadao.com.br.



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